Athenagro Consultoria

Até setembro de 2024, o Brasil exportou 2,09 milhões de toneladas métricas de carne bovina. Em toneladas de equivalentes carcaça foram 2,74 milhões de toneladas. Mesmo faltando três meses para terminar o ano, o total exportado em 2024 já acumula a terceira maior quantidade de carne exportada pelo Brasil, ficando atrás apenas dos dois últimos anos. E as perspectivas de médio a longo prazo são melhores ainda.

Pecuária de corte. Outra marca superada no mês de setembro. Além do recorde na quantidade de carne bovina exportada, em setembro também foi registado o maior faturamento mensal obtido com exportações relacionadas ao setor da pecuária de corte. O total no mês atingiu US$1,55 bilhão, passando em US$ 19 milhões o recorde anterior, que havia sido registrado em agosto de 2022. No ano, as exportações relacionadas já acumulam US$11,28 bilhões, quase 20% acima do que o faturado no mesmo período de 2023.

Artigo "O rebanho brasileiro é menor do que se acredita " foi publicado há pouco na AgFeed "Dependendo de como se calcula, o rebanho brasileiro de 2023 pode variar em 42,1 milhões de cabeças de acordo com os dados da mesma instituição - o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa diferença supera o rebanho do México, oitavo no ranking dos maiores rebanhos bovinos do mundo. É maior, inclusive, que as 25,6 milhões de cabeças do rebanho australiano, o segundo no ranking de exportações globais de carne bovina. Antes de seguir o raciocínio, é essencial ressaltar que não se trata de crítica ao IBGE. Ano a ano a regularidade e o detalhamento dos relatórios vêm melhorando, possibilitando entender melhor a dinâmica da pecuária brasileira. No dia 19 de setembro, o IBGE divulgou o relatório da Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), informando o rebanho brasileiro em 238,6 milhões de cabeças. O número da PPM é o mais usado justamente pelo detalhamento por município publicado anualmente. " Na íntegra.... https://lnkd.in/ds8u-YNY

A pecuária comercial vem se modernizando e elevando os níveis médios de produtividade. Trata-se de um avanço que possibilita ganhos econômicos, sociais e ambientais. A cadeia produtiva da carne bovina é a mais afetada pelo desmatamento ilegal que ocorre no Brasil. Perde pela concorrência com produtos de origem ilegal e perde pelos altos custos provocados pelo impacto na imagem do setor. Narrativas que pressionam, justamente, a produção cumpridora da lei só irá aumentar o problema. OBS: dados completos foram publicados no Beef Report, da Abiec, disponível para download no site da instituição.

Exportações de carne bovina acumuladas até agosto já superam todas as exportações anuais até 2018 De janeiro a agosto, as exportações brasileiras de carne bovina atingiram 2,37 milhões de toneladas em equivalentes carcaças, ou 1,8 milhão de toneladas métricas. Os números diferem sensivelmente do divulgado pela Abiec em razão da diferença entre as NCMs (Nomenclatura Comum do Mercosul para o comércio exterior), consideradas como carnes bovinas. De qualquer forma, o acumulado até agosto já supera o total de qualquer ano até 2018 e quase iguala o exportado em 2019 e em 2021. O comportamento é causa, e ao mesmo tempo consequência, das grandes mudanças que estão se consolidando na pecuária brasileira, a partir, principalmente, da expansão das exportações para a China.

Em 2024 o Brasil vai exportar mais do que o total somado do 11º. ao 22º. do ranking de exportações de carne bovina em 2023 Em 2023, o Brasil exportou quantidades 1,8 vez acima do que o exportado pela Austrália, segunda colocada no ranking. Em 2024, de janeiro a junho, as exportações de carne bovina brasileira já passaram o total exportado pela Austrália durante todo o ano passado, conforme divulgado em julho. Importante lembrar que o ranking de exportações é formado por países que também importam, como é o caso dos EUA que, em 2023, importaram 313 mil toneladas a mais do que exportaram. Para 2024, a tendência é que o total exportado pelo Brasil supere a soma do que foi exportado em 2023 pela metade de baixo do ranking dos 22 maiores países exportadores de carne bovina. 

Incluindo as importações, praticamente insignificantes, dentre o total disponível, em 2023 o Brasil exportou o equivalente a 28,4% da carne bovina disponível. Praticamente a mesma proporção que os Argentinos. Países como Austrália, Nova Zelândia, Irlanda, Uruguai e Paraguai exportam mais de 70% da disponibilidade de carne bovinas. Há também aqueles países que movimentam quantidades consideráveis de importações e exportações, aparecendo no ranking sem que tenham tanta importância na produção. E é preciso ainda considerar eventuais desencontros estatísticos entre informações de produção e exportações.

Aqueles pastos que não são mais pastos.... Através de dados combinados, gerados pelo IBGE (Censo, PAM, PPM), INPE (Prodes, Terraclas), Lapig, Embrapa Territorial e Rally da Pecuária, a Athenagro estima e classifica as áreas que deixaram de ser pastagens, comparando o total com o desmatamento acumulado. Entre 1990 e 2023, essas áreas foram repassadas para outras atividades - desconsiderando o que está em integração - ou completaram todo o ciclo de degradação. Nesse último caso, essas áreas podem estar totalmente regeneradas, de acordo com o bioma, em processo avançado de regeneração, com vegetação secundária, ou no estágio inicial de regeneração, com vegetação primária. Compreender o processo corretamente, a partir de dados confiáveis, é essencial para que o setor público e privado elaborem respostas efetivas aos diversos problemas relacionados. Mais informações entre as páginas 74 e 80 do Beef Report 2024 Acesse o Beef Report pelo link: (https://lnkd.in/dQYd-_mD)

Artigo "Pecuária regenerativa e a confusão entre propostas e realidade" foi publicado agora pouco no site da AgFeed "Embora o uso frequente da expressão seja relativamente novo, o conceito técnico por trás da produção regenerativa não é. O sucesso da agropecuária tropical brasileira só foi possível a partir das práticas que viabilizam os objetivos almejados pela produção regenerativa. " Artigo na íntegra. https://lnkd.in/dRpW5nrE

O Beef Report 2024 já está disponível Se o Brasil produzisse carne bovina com a mesma tecnologia de 30 anos atrás, precisaríamos de uma área de 286 milhões de hectares adicionais para obter a mesma produção de 2023. O uso de tecnologia evitou que isso fosse necessário. A essa conquista se dá o nome de efeito poupa-terra. Acesse o arquivo, na íntegra, através do site da Abiec/Publicaçoes. Nota: Valorize quem financia e disponibiliza o estudo. Divulgue e baixe o arquivo apenas do site da Abiec, e não em páginas de terceiros. Sustentabilidade também envolve ética.