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A era do consumo algorítmico está nos mostrando que cada consumidor é único, e entender suas interações e preferências é o que vai moldar a forma como eles se relacionam com as marcas no futuro. Nos últimos tempos, tenho percebido que o conceito de target, como sempre o conhecemos, ficou para trás. A ideia de agrupar grandes quantidades de pessoas com base em características genéricas, como idade ou gênero, já não faz mais tanto sentido. É como se estivéssemos tentando encaixar todo mundo numa mesma caixinha, quando, na realidade, as pessoas são muito mais complexas, assim como a sua maneira de consumir. Eu me lembro de ter aprendido em aula sobre Grant McCracken (2003), que já apontava para o fato de que os consumidores se movem além dos padrões demográficos tradicionais. Hoje, com o avanço do consumo algorítmico, isso se torna ainda mais evidente. Os algoritmos não apenas classificam consumidores, eles realmente moldam experiências baseadas em preferências e comportamentos individuais. Essa mudança faz com que o marketing precise se transformar também. Douglas e Isherwood (2004) falam que os bens não são apenas úteis, eles carregam significados. E agora, com a personalização sendo o novo padrão, esses significados estão se adaptando a cada jornada de consumo individual. Não falamos mais com multidões, falamos diretamente com pessoas, quase como se conhecêssemos cada uma delas. Os influenciadores digitais ilustram bem isso. Eles não estão falando com um público qualquer: eles estão conversando com comunidades específicas, pessoas que compartilham valores e interesses bem definidos. McCracken também menciona essas micro-comunidades, que, para mim, são uma oportunidade para criar conexões autênticas e de longo prazo. Isso faz com que as marcas deixem para trás o modelo tradicional de target? Na minha experiência, vejo que muitas apontam para isso, mas não se movem de forma coerente nesse sentido. Ainda recebemos briefings focados totalmente em padrões genéricos de target. O fim do target tradicional não deve ser encarado como um problema, mas sim como uma oportunidade. Agora, mais do que nunca, temos a chance de nos conectar de maneira real com os consumidores. ———— Me conta aqui como você tem mapeado seus consumidores para estratégia geral ou mesmo para campanhas específicas com influenciadores e creators…