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Por Jornal Nacional


Joe Biden — Foto: reprodução JN

O desempenho de Joe Biden repercutiu de forma muito negativa na sociedade americana - até mesmo entre os eleitores que apoiam o presidente.

Foi um desastre para Joe Biden. Essa é a opinião unânime da imprensa americana. As pesquisas mostram que a principal preocupação do eleitorado em relação à candidatura dele é a idade.

Os jornais desta sexta-feira (28) o descreveram como frágil, de voz rouca, olhar perdido, pálido, inseguro e que não conseguia terminar um pensamento. O “New York Times” escreveu: “Uma performance desajeitada e um partido em pânico”.

Mesmo os analistas e intelectuais que defendiam Joe Biden pediram que ele abandonasse a candidatura. Nos bastidores, integrantes do partido dele, o Democrata, disseram ser urgente encontrar um novo candidato.

Mas em público, grandes nomes do partido saíram em defesa do presidente. A vice-presidente Kamala Harris reconheceu que Biden começou devagar, mas depois afirmou que ganhou gás no decorrer do debate. E o ex-presidente Barack Obama - de quem Biden foi vice durante oito anos - reforçou o apoio dele. Disse que debates ruins acontecem. Mas que essas eleições são entre quem lutou pelo povo por toda sua vida contra uma pessoa que só pensa nela mesma.

Pelo país, eleitores de Joe Biden se desesperaram. E eleitores de Donald Trump comemoraram. Uma eleitora disse que Biden está muito velho para o cargo e não está bem cognitivamente. Um eleitor falou que se Biden estava muito resfriado e deveria ter cancelado a participação no debate.

Mas como seria para outra pessoa se candidatar agora? Os eleitores passaram a primeira metade do ano votando para escolher quem seria o candidato de cada partido. Eram as primárias e caucus, que o Jornal Nacional mostrou. Joe Biden saiu vitorioso.

Em agosto, tem a convenção do Partido Democrata. É nela que o candidato é consagrado como escolhido – algo protocolar. Mas o professor de política e história David Greenberg diz que antes de 1968 não era assim. Não havia consulta prévia aos eleitores. Era no dia da convenção que os representantes do partido escolhiam o candidato. E isso poderia voltar a acontecer agora.

Mas, antes, Biden teria que desistir da corrida. Para o professor, isso parecia possível logo depois do debate da noite de quinta-feira (27). Mas ele disse que mudou de opinião na tarde desta sexta-feira (28). Porque, como se fosse mágica, um novo Biden apareceu para um comício na Carolina do Norte. Enfático, respondeu todas as acusações de Trump no debate de quinta (27). Se mostrou enérgico e comentou, no fim do discurso, o assunto do dia. Ele disse:

“Olha, eu não sou mais um homem jovem. Eu não ando com facilidade que andava antes, não falo com a facilidade de antes e também não debato bem como antes. Mas eu sei o que é certo e o que é errado, e sei como fazer o trabalho de presidente”.

Biden estava claramente lendo um texto pré-escrito no teleprompter. Mas empolgou a multidão ao dizer:

“Eu sei o que milhões de americanos sabem: quando você leva um nocaute, você se levanta”.

Na noite desta sexta-feira (28), os jornais "The New York Times" e a revista "The Economist" publicaram editoriais em que pedem que Joe Biden desista de disputar a reeleição. O "Wall Street Journal" afirmou que o partido Democrata deveria repensar a candidatura de Biden para o bem do país.

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