Por g1 — Brasília


Lula sanciona regras para Plano Nacional de Mudanças Climáticas. — Foto: Reprodução/ CanalGov

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta quinta-feira (27) um projeto de lei que cria regras para elaboração de um plano de adaptação do país às mudanças climáticas.

A sanção ocorreu durante a 3ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o chamado "Conselhão" — que reúne representantes do Executivo e da sociedade civil.

A reunião foi no Palácio do Planalto.

No início deste mês, o projeto de lei relacionado às mudanças climáticas foi aprovada no Congresso.

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A ideia do Plano de Adaptação às Mudanças Climáticas é minimizar o impacto ambiental, social, econômico e de infraestrutura que as mudanças climáticas podem trazer ao país.

O plano deverá:

  • identificar, avaliar e priorizar medidas para enfrentamento de desastres naturais;
  • estabelecer prioridades de ação com base em populações e regiões mais vulneráveis;
  • estimular a adaptação do setor agropecuário a uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura

Além disso, ele deverá assegurar a implementação de estratégias prioritariamente em três áreas:

  • infraestrutura urbana e direito à cidade;
  • infraestrutura nacional, com ênfase na comunicação, energia, transportes;
  • infraestrutura baseada na natureza.

O Plano de Adaptação às Mudanças Climáticas deve estabelecer também regras para os planos municipais e estaduais e dar “prioridade de apoio para os municípios mais vulneráveis e expostos às ameaças climáticas”.

Além disso, a elaboração dos planos estaduais, municipais e distritais poderá ser financiada com recursos do Fundo Nacional sobre Mudança Climática.

Enchente em Rio Grande (RS), nesta quarta-feira (15). — Foto: Reprodução/Globo

Desastre no RS acelerou análise do projeto

A proposta tramitava no Congresso há mais de três anos, e foi aprovada pela Câmara em dezembro de 2022.

No Senado, o texto passou pela Comissão de Meio Ambiente, que o aprovou em fevereiro.

Em seguida, o texto voltou à Câmara e foi aprovado da forma que chegou, ou seja, com as alterações feitas no Senado.

Depois disso, foi encaminhado para a sanção presidencial.

A tramitação do projeto no Senado acelerou com as enchentes no Rio Grande do Sul. A tragédia deixou mais de uma centena de mortos e milhares de desabrigados.

A chuva forte no estado começou em 27 de abril em Santa Cruz do Sul e se estendeu por mais de 470 cidades, sobrecarregando as bacias dos rios Taquari, Caí, Pardo, Jacuí, Sinos e Gravataí, que transbordaram.

A água invadiu e arrasou municípios. Entre as vítimas, estão pessoas que foram morreram após deslizamentos ou arrastadas pela chuva.

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