Frente fria vai causar queda de temperatura em Itapetininga (SP) — Foto: Carla Monteiro/g1
O inverno chegou e com ele os dias frios, geadas e as canecas de café com leite. A previsão para a região de Itapetininga, é que a temperatura caia pelo menos 10º graus nos próximos dias.
Em maio, os termômetros marcaram baixas temperaturas e cidades bateram recordes de frio, em Itapetininga foram 5ºC . Outras cidades da região como Manduri registraram 2,0ºC; Capão Bonito 3,9ºC; Guapiara 4,5ºC; Itararé 4,5ºC; Paranapanema 4,8ºC; Tatuí 4,8ºC; Taquarituba 5ºC; Itapetininga 5ºC.
De acordo com professor Daniel Nassif, especialista em agrometeorologia e climatologia, a previsão para os próximos dias é que haja uma queda da temperatura causada pela passagem de uma frente fria, com pouca chuva, seguida por uma massa de ar polar.
"Essa frente fria deve derrubar a temperatura em uns 10 ºC na média, podendo apresentar frio mais intenso em algumas cidades da região e principalmente nas áreas rurais e próximas a rios e vegetação mais densa. Essas passagens das frentes frias são normais nessa época do ano, características do nosso inverno", explica.
O especialista também explica que o início do inverno foi consideravelmente normal, teve um tempo mais seco e frio com temperaturas mais altas durante a tarde, entretanto, entre julho e agosto, existe a chance do início do fenômeno La Niña, que deve ocorrer logo após termos passado pelo El Niño no último verão.
A chegada do fenômeno pode deixar o inverno de 2024 mais seco e menos frio que o normal, mas em contraste com isso, também pode trazer frentes frias com bastante intensidade e risco de geadas.
"Na média o inverno será mais quente e que o normal, o que já está ocorrendo, sendo que em algumas cidades já chegamos a mais de 30 dias sem chuvas, e a La Niña, deve atrasar o início das chuvas no final do ano" destaca Daniel.
O professor finaliza enfatizando que desde o final de 2023 e início de 2024, estamos testemunhando recordes de temperaturas na região, que teve como principal causa o fenômeno El Niño, mas também pode ser um indício das alterações climáticas, já que, segundo a Agência de Pesquisa Atmosférica Americana (NOAA), os últimos 10 anos foram os mais quentes da história, sendo que 2023 é até o momento considerado o mais quente que já tivemos.
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