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A ação, ajuizada pelo residencial um dia antes das agressões, foi motivada por uma série de denúncias de ameaças e perturbação de sossego feitas por outros moradores há pelo menos um ano.

Na prática, a decisão judicial determina que, caso seja solto, Fernandes não poderá retornar ao apartamento, sob pena de retirada forçada.

"O réu apresenta comportamento desrespeitoso e altamente violento em relação aos demais moradores do condomínio, tendo inclusive desferido golpes com arma branca (faca) em vizinho, que culminaram em sua prisão em flagrante", diz o juiz Alex Ricardo dos Santos Tavares na decisão.

A defesa do morador não foi localizada.

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O residencial embasou a solicitação à Justiça com uma série de problemas e denúncias de ameaças e perturbação de sossego feitas por outros moradores há pelo menos um ano. Vídeos mostram algumas das discussões e barulhos motivados por ele (assista acima). Na lista, estão:

• Dívidas de taxas condominiais
• Comportamento antissocial e agressivo
• Brigas, ameaças e discussões
• Faca à mostra na cintura

O síndico, Vitor Luis Lobo da Silva, explicou que o pedido de expulsão ocorreu depois de várias outras tentativas, sem sucesso, de resolver a situação, inclusive com aplicação de multas e registros de boletins de ocorrência.

Diante disso, em assembleia realizada em março deste ano, os moradores aprovaram por unanimidade a adoção de medidas para expulsar o suspeito.

"Desde o início, quando esse morador começou a apresentar problemas de perturbação do sossego dos outros moradores, tentamos várias coisas. Eu mesmo, como síndico, chamei várias vezes nessa sala para repreendê-lo, lembrá-lo que ele seria notificado, que ele poderia ser multado, que estava perturbando os moradores. Não foi uma nem duas vezes, foram várias vezes", afirma.

O irmão do morador espancado afirmou que a vítima foi atraída para uma emboscada. As agressões ocorreram no cruzamento das ruas Barão do Amazonas e Mariana Junqueira, no Centro de Ribeirão Preto, na terça-feira (25).

"O cara foi muito cruel, maldoso. Chamou o Júlio César para conversar, saíram. Na hora em que ele virou a grade, já chutou o Júlio César, Júlio César caiu no chão, começou a chutar barriga, costas, rosto, cabeça. Por fim, ele pisou na cabeça do menino", citou Marco Antônio da Silva.

Segundo o relato de uma testemunha à Polícia Civil, por volta das 14h30, Sérgio e Júlio César caminhavam juntos quando começaram a discutir.

A testemunha disse que, de repente, Sérgio deu um soco no rosto de Júlio César, que caiu no chão e bateu a cabeça com força na calçada. Enquanto estava caído, Júlio César teve o tórax pisoteado mais de uma vez pelo agressor.

A vítima chegou a ser socorrida e levada à Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na quarta-feira (26).

Uma equipe da Guarda Civil Metropolitana (GCM) passava pelo local, foi acionada, deteve suspeito e o levou à delegacia, onde permaneceu preso.

Em depoimento, alegou que encontrou o vizinho por acaso e que agiu para se defender de agressões sofridas durante uma discussão entre os dois sobre a permanência do suspeito no condomínio. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dele.

A Polícia Civil investiga o caso como homicídio e tenta esclarecer as circunstância das agressões.

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