Rebecca

Rebecca Alves, que até 2021 apresentava-se como MC Rebecca, vem ganhando cada vez mais espaço na concorrida cena do baile funk. Mãe solo e feminista, a cantora defende o lugar das mulheres no ainda masculinizado funk proibidão – seja para mandar seu flow nas letras explícitas, seja para falar da realidade das favelas cariocas, como em “A Coisa Tá Preta”, parceria com Elza Soares. • Rebecca nasceu em 1998 no Morro São João, comunidade do subúrbio carioca. Foi criada pelos tios, já que a mãe foi presa quando ela era bebê. Mãe e filha passaram a conviver no final da adolescência de Rebecca, época em que sua mãe reconquistou a liberdade. A funkeira também cria sozinha a filha, nascida em 2017, já que o pai biológico não assumiu a paternidade da criança. • Além de cantora, Rebecca também foi rainha da ala das passistas do Salgueiro em diversas ocasiões – ela desfila pela escola de samba há mais de dez anos. A artista é apaixonada pelo samba, mas teve que deixar o ritmo um pouco de lado para investir no funk. Dançarina de talento, Rebecca também protagoniza as caprichadas coreografias dos seus videoclipes. • O primeiro sucesso chegou em 2018: composição de LUDMILLA – e um presente da cantora para Rebecca –, “Cai de Boca” estourou no Rio de Janeiro logo após o lançamento, espalhando-se rapidamente pelo país. A música é considerada um marco, já que virou hit mesmo sendo um funk proibidão, com letra explicitamente sexual, cantado por uma mulher – algo ainda raro na cena. A faixa ganhou uma versão mais “light”, assim como outros sucessos da artista, como “Coça de Rebecca” (2018). • Desde que estourou, Rebecca passou a produzir intensamente, lançando dezenas de singles e vídeos, além de parcerias com nomes de peso, como Anitta, no hit “Combatchy”, de 2019, single que também contou com Luísa Sonza e Lexa, e em “Tô Preocupada”, de 2021; Valesca Popozuda, em “PayPau”, de 2021; Karol Conká, em “A Preta é Braba”, de 2020; e a saudosa Elza Soares, em “A Coisa Tá Preta”, também de 2020. • Em 2021, Rebecca lançou o primeiro EP, Outro Lado, que, além do hit “Pussy Gang”, traz faixas com uma levada mais pop, como “Bala”. • A cantora é bissexual e usa a voz para defender pautas feministas. Para ela, cantar funk proibidão é uma demonstração do poder feminino. • Além do sucesso na música, Rebecca ganhou visibilidade nacional ao participar do reality show De Férias Com o Ex: Celebs, da MTV Brasil.