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Informações da coluna

Mariana Barbosa

No GLOBO desde 2020, foi repórter no Brazil Journal, Folha, Estadão e Isto é Dinheiro e correspondente em Londres.

Rennan Setti

No GLOBO desde 2009, foi repórter de tecnologia e atua desde 2014 na cobertura de mercado de capitais. É formado em jornalismo pela Uerj.

Por Rennan Setti

A CloudWalk, dona da “maquininha” InfinitePay, disse que lucrou pela primeira vez em dez anos desde a fundação e que entrou na categoria dos “centauros” — a mais nova na taxonomia das startups e que descreve empresas que faturam mais de US$ 100 milhões ao ano. (A companhia já era “unicórnio”, aquela classe de startups que valem mais de US$ 1 bilhão).

Segundo a empresa, o lucro foi de US$ 11 milhões no primeiro trimestre deste ano, e a receita líquida anualizada totalizou US$ 138 milhões em março. No primeiro trimestre, a receita líquida foi de R$ 147 milhões (cerca de US$ 30 milhões), com um crescimento anual de 183%.

De acordo com o CEO e fundador da CloudWalk, Luís Silva, o crescimento se deu a despeito do cenário macroeconômico adverso e dos ventos contrários para a operação de startups.

— Acreditamos que somos uma exceção entre as startups por causa da plataforma que vínhamos criando. Começamos só com maquininha, depois criamos link de pagamento, banco digital, começamos a emprestar dinheiro no fim do ano passado e estamos agora com o “tap to pay”, que transforma o celular em maquininha. Por fim, passamos a disponibilizar uma conta digital para todos. Isso viabiliza o crescimento — disse Silva, em conversa com a coluna no Web Summit.

De acordo com o executivo, depois da ampliação do portfólio, não há novos lançamentos em vista. O foco da companhia continuará sendo o segmento de Pequenas e Médias Empresas (PMEs). Mas há expansão em vistas:

— Temos planos para começar a expansão para outros países já no próximo ano. A ideia é iniciar por economias avançadas.

Modelo de antecipação

O modelo de negócios das “maquininhas” InfinityPay é diferente do das rivais. Ela antecipa os pagamentos aos lojistas no dia seguinte à compra como regra — cobrando uma taxa de crédito, claro —, enquanto as concorrentes oferecem a antecipação como uma opção. Seu foco são PMEs que faturam até R$ 50 mil por mês e precisam do dinheiro imediatamente para comprar estoque. A infraestrutura tecnológica da companhia também é baseada em blockchain, aquela das criptomoedas.

A CloudWalk virou “unicórnio” há mais de um ano, ao receber aporte de US$ 150 milhões e ser avaliada em US$ 2,1 bilhões.

Entre seus investidores estão fundos como Coatue, DST Global e Valor Capital. Ao todo, a CloudWalk já levantou US$ 356,5 milhões em aportes e R$ 4 bilhões em fundos para fazer antecipação de recebíveis aos clientes das “maquininhas.”

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