Na crise, Americanas unifica marcas e 'encerra' as gigantes Shoptime e Submarino

• Em destaque: O veto que o ministro de Lula quer peitar

A Shoptime era parte do grupo desde 2005, quando já completava uma década de existência no mercado brasileiro. Trata-se da primeira marca de “home shopping” da América Latina (isso é, a pioneira em vendas de produtos pela TV, ainda antes da internet). Já a Submarino nasceu em 1999 e, em 2006, realizou uma fusão com a Americanas.

Juntas, as marcas representavam marcas gigantes (e históricas) do setor. Trata-se, portanto, de mais um prejuízo na esteira do rombo contábil bilionário que fragilizou o negócio, revelado no ano passado.

• Mais Americanas: Comitê independente criado para investigar fraude encerra trabalhos
• Operação e prisões aquecem caso, e investigadores esperam mais delações

A unificação foi repassada parcialmente às equipes da Americanas em maio, especificamente para aquelas envolvidas na manutenção das plataformas on-line. Esses times trabalham no “desligamento” da Shoptime e da Submarino, além da transferência dos conteúdos delas para Americanas.

Ainda não houve uma comunicação mais ampla a todos os funcionários ou ao mercado — nos últimos dias, todos assistiram atônitos à operação contra o ex-CEO, Miguel Gutierrez, e da ex-diretora Anna Saicali, ambos acusados de encabeçar as fraudes financeiras.

• Gutierrez: Ex-CEO é solto em Madri
• Ticket só de ida e compra no balcão — as 'fugas' dos ex-cabeças da varejista

Procurada, a Americanas confirmou a mudança. Em nota, a companhia afirmou que a “integração” tem como objetivo “fortalecer o digital da companhia a partir da marca Americanas”. Ainda segundo o texto, a decisão “contemplou o alinhamento com a nova estratégia de negócios, que foca em uma operação mais ágil, rentável e eficiente”, cujo objetivo é uma “experiência de compra ainda mais completa”. Por último, diz que a alteração “acelera seu plano de transformação e foco”.