Brasil inaugura novo consulado na China

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A iniciativa de aumentar a presença diplomática brasileira na China foi lançada em 2021, ainda durante o governo de Jair Bolsonaro. Mas só andou depois que ele saiu da Presidência, com a melhora nas relações bilaterais. Carlos Alberto França, chanceler do governo Bolsonaro, chegou a queixar-se publicamente da demora na resposta da China ao pedido do Brasil, e acabou deixando o cargo sem ver a abertura do consulado, finalmente oficializada nesta quinta.

O Brasil é o segundo país sul-americano a ter representação em Chengdu, depois do Chile. A Argentina está em processo de seguir o mesmo caminho, mas não se sabe quando ele será concluído, diante do momento volátil nas relações do país com a China após a chegada à Presidência do direitista Javier Milei. No total, há cerca de 15 consulados estrangeiros em Chengdu, capital da província de Sichuan. O Uruguai está representado na megacidade vizinha de Chongqing, que em breve também deve ter um consulado do México.

Por trás da abertura do consulado brasileiro em Chengdu, cidade de 14 milhões de habitantes na região central da China, a ideia é ampliar a atuação diplomática para além da área costeira do país, tanto em termos de cooperação econômica como de assistência consular, facilitando a emissão de vistos para o Brasil. A expectativa inicial é de que sejam emitidos 150 vistos por semana no novo consulado em Chengdu. O diplomata nomeado como o primeiro cônsul-geral do Brasil na cidade foi Cézar Augusto de Souza Lima Amaral, que já havia sido cônsul em Amsterdã e Frankfurt e embaixador na Jamaica.

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As autoridades chinesas presentes à cerimônia de inauguração nesta quinta destacaram o bom momento nas relações bilaterais, lembrando que 2024 marca os cinquenta anos do estabelecimento dos laços diplomáticos entre os países. Alguns diplomatas estrangeiros comentavam durante a inauguração que a presença brasileira em Chengdu sugere um movimento oposto ao do Ocidente no relacionamento com a China, e que vários países fecharam consulados na região nos últimos anos, entre eles Suíça, República Tcheca, Nova Zelândia e Holanda.