Míriam Leitão
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Míriam Leitão

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A cúpula das finanças do mundo estará no Brasil. Começa esta semana a reunião de ministros do G20 e presidente de organizações, como a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, a vice-diretora-gerente do FMI, Gita Gopinath, o presidente do BID, o brasileiro Ilan Goldfajn, e o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga.

Anfitrião do grupo, o ministro Fernando Haddad foi diagnosticado com Covid e deve presidir as reuniões previstas para os dias 28 e 29 de fevereiro de forma virtual, afirma o Ministério da Fazenda. Ele vai fazer novos testes e, em caso de diagnóstico negativo, estará liberado para a participação presencial.

Presencial ou virtualmente, o fato é que o Brasil quer encaminhar discussões importantes sobre o combate à fome e desigualdade, pelo lado das finanças. Com que instrumentos as finanças podem contribuir para que haja esse combate às desigualdades.

Um dos pontos que o ministro quer levantar é a necessidade de uma tributação sobre os super- ricos. A ideia de fazer uma taxa internacional, pois a dinâmica é conhecida: caso um país tribute, o capital foge para outro. A proposta é tentar reduzir a desigualdade reduzindo o dinheiro dos super-ricos para investir no combate à pobreza.

A transformação ecológica também será outro assunto em discussão na reunião, como será possível empurrar o mundo para a redução de combustíveis fósseis, tema debatido durante a COP28. Tanto que haverá um evento paralelo com órgãos como BID e FMI e uma das palestrantes será a ministra Marina Silva. É uma forma de mostrar como estes assuntos, finanças e meio ambiente, estão conectados.

O ministro me disse que me concedeu na entrevista passada, na GloboNews, que lançaria um dispositivo pró- mercado para tornar menos volátil o câmbio, com a participação do Banco Central e com entidades multilaterais. Fontes do BC já haviam me adiantando que o mecanismo tornaria mais seguro, a longo prazo, o investimento no país.

O programa, parceria dos ministérios da Fazenda e Meio Ambiente, foi lançado nesta segunda-feira. Chamado de Programa de Mobilização de Capital Privado Externo e Proteção Cambial, o Eco Invest Brasil, a iniciativa "tem como objetivo incentivar investimentos estrangeiros em projetos sustentáveis no país e oferecer soluções de proteção cambial, para que os riscos associados à volatilidade de câmbio sejam minorados e não atrapalhem esses investimentos tão cruciais para a transformação ecológica brasileira". Segundo o governo, a iniciativa viabilizará operações no mercado de capitais para empresas e investidores sediados no Brasil captarem recursos no exterior.

"Para encorajar esse investimento em energia limpa, o Brasil oferecerá uma proteção cambial. Assim como o seguro de um carro cobre o prejuízo em caso de acidente, essa proteção garante que, se o real desvalorizar em um determinado percentual, o investidor estará protegido. O seguro promete cobrir a diferença cambial, assegurando que o investidor possa comprar dólares por uma taxa previamente definida, minimizando, assim, suas perdas", diz a nota.

Ainda sobre a reunião das lideranças financeiras do G20, o tema economia Internacional entrará na pauta e a principal pergunta é quando os juros americanos começarem a cair, o que afeta a economia como um todo.

Os juros ficaram muito altos, o que não é comum nos Estados Unidos. O mercado apostava que a redução seria em março, agora projeta-se para junho. Haddad também acredita em meados do ano. A consequência será a redução dos juros nos outros países e a melhoria do processo econômico global.

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