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RESUMO

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GERADO EM: 27/06/2024 - 14:55

Deputado do PSOL pede afastamento de Ricardo Salles da Câmara

Deputado do PSOL pede afastamento de Ricardo Salles da Câmara por celebrar tentativa de golpe na Bolívia. General boliviano coordenou levante militar fracassado. Presidente da Bolívia condena a ação e nomeia novo comando militar.

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) publicou um vídeo nas redes sociais pedindo que seu colega de Câmara, Ricardo Salles (PL-SP), seja responsabilizado por celebrar a tentativa frustrada de golpe na Bolívia. Nesta quarta-feira, o general boliviano Juan José Zúñiga coordenou o levante militar, que acabou desmobilizado. O comandante e outros militares terminaram presos.

Enquanto o conflito ocorria, o ex-ministro do Meio Ambiente do governo de Jair Bolsonaro publicou em seu perfil na rede X (antigo Twitter), em espanhol que "Na Bolívia as melancias têm coragem...", se referindo aos militares. O termo "melancia" é comumente utilizado de maneira pejorativa para se referir aos homens do Exército, que usam verde no uniforme, mas por dentro teriam o pensamento vermelho, em referência as ideias de esquerda.

O psolista comentou a declaração de Salles pouco depois, afirmando que os parlamentares "golpistas" deveriam ser responsabilizados. "O que fez o Sr Ricardo Salles foi apoiar um golpe na Bolívia e incentivar um golpe no Brasil! Que seja afastado cautelarmente!", publicou Braga.

Na manhã desta quinta-feira, a hashtag "Fora Salles" foi levantada por perfis de esquerda na rede X. O influenciador Felipe Neto foi um dos nomes a puxar um abaixo assinado para levantar um pedido de cassação contra Salles.

Crise na Bolívia

Sob o comando do general Juan José Zúñiga, militares e carros blindados tomaram a Praça Murillo, em frente ao Palácio Quemado, sede presidencial em La Paz, em um movimento que o presidente da Bolivia, Luis Arce, descreveu como uma tentativa de "golpe de Estado". Zúñiga acabou preso e será alvo de uma investigação da Procuradoria-geral da Bolívia.

O presidente da Bolívia, Luis Arce, convocou os bolivianos a se mobilizarem contra uma tentativa de "golpe de Estado" e nomeou um novo comando militar. José Wilson Sánchez Velázquez assumiu e ordenou o regresso das tropas a seus quartéis, que procederam a se desmobilizar da praça. O golpe fracassado — que, no momento em que era preso, Zúñiga acusou Arce de orquestrar — foi condenado por todo o espectro político boliviano e pela comunidade internacional.

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