'Tudo o que vocês dizem repercute muito em sala de aula', alerta professor premiado a Felipe Neto e Pequena Lô

— Enquanto tiverem esse papel, pensem nisso. O que vocês falam pode salvar ou matar alguém — alertou o professor pernambucano.

O trio se reuniu, com mediação da jornalista e apresentadora da TV Globo Valéria Almeida, para conversar sobre o tema “A responsabilidade por trás da chuva de likes: como os criadores de conteúdo influenciam a sociedade?”. No encontro, Felipe Neto — um dos maiores comunicadores da internet brasileira — disse que passou por um processo de amadurecimento na frente da câmera, já que começou a produzir conteúdos desde muito novo, e por isso se arrepende de antigas publicações. Ele também reconhece que errou, em 2022, ao assinar contrato de publicidade com um cassino virtual.

— Quando comecei, achava que não tinha nada com isso, que quem tinha que educar é o pai e a mãe. Mas não. A escola, os professores, o amigo também educam. E o influenciador digital, que vai atingir milhões de pessoas, tem uma responsabilidade muito grande. Quando entendi, percebi que precisava mudar — conta.

Já a influenciadora Pequena Lô contou que começou a publicar nas redes para conscientizar o público a respeito da pessoa com deficiência. Ela diz que gostaria de mostrar a deficiência, sem falar sobre ela. Isso porque, mesmo portando displasia óssea, uma síndrome que afeta a mobilidade e o desenvolvimento físico, ela já ocupava espaços que são hostis a essa população.

— Tenho muita responsabilidade do que eu posto porque sei que atinjo um público que vai da criança ao idoso — afirma.

Além do trio, o evento recebeu um time de influenciadores digitais de diferentes áreas. Na lista estão, por exemplo, o médico Daniel Becker, o jovem Kaique Brito, que viralizou ainda criança produzindo conteúdos divertidos; o conselheiro do Pacto Global da ONU Deives Picáz; e os professores João Luiz Pedrosa e Lavínia Rocha.