Buraco no teto e alambrado cortado: o que se sabe até agora sobre a fuga no presídio de Mossoró

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Segundo a investigação, por volta das 3h30m, os dois presos fizeram um buraco no teto da cela onde estavam. A PF apura se havia vulnerabilidades nessa cela, pois há indícios de que não seriam as mesmas em que ficavam detidos habitualmente.

Os presos escalaram o teto pelo vão da luminária. De lá, chegaram a uma espécie de shaft -- local por onde passam as fiações de energia elétrica e tubulações de água e ventilação. Em seguida, acessaram um terraço onde os presos tomam o banho de sol.

As celas individuais não têm câmeras, mas os corredores e os pátios da penitenciária, sim. O monitoramento é feito por duas equipes diferentes, uma da unidade em Mossoró e outra da sala controle de Brasília. Os investigadores já perceberam que algumas câmeras não estavam funcionando e que algumas lâmpadas estavam apagadas.

O pátio onde ocorre o banho de sol está passando por uma obra de adequação cercada por um tapume. Operários de fora acessavam essa área e deixavam as ferramentas no local, entre elas um alicate. A ausência dos presos nas celas só foi identificada às 5h de quarta-feira - portanto, uma hora e meia depois de eles iniciarem a fuga.

Em posse do alicate, os presos conseguiram cortar o alambrado do presídio e fugir. Imagens das câmeras de segurança mostram os dois escapando com o uniforme azul do presídio.

Uma das linhas de investigação aponta que os presos teriam seguido para uma residência a aproximadamente sete quilômetros da penitenciária. Eles percorreram a distância a pé e pegaram no local pacotes de biscoito, roupas, tênis, melancia, queijo, pão de forma, margarina e fósforo. Os investigadores não identificaram a aproximação de nenhum carro suspeito no entorno do presídio, o que sugere que a dupla ainda se encontra em um raio de 15 quilômetros do presídio.