O ministério da Justiça prorrogou nesta sexta-feira a suspensão de banhos de sol, visitas e atividades de assistência educacional, laboral e religiosa nos cinco presídios que são administrados pelo governo federal. A medida foi publicada no Diário Oficial em meio às buscas para encontrar os dois fugitivos que se evadiram da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
A restrição vale do dia 17 a 21 de fevereiro. Também foi limitado o acesso às dependências das áreas de "vivências, isolamento e inclusão" das unidades de segurança máxima. Em contrapartida, está mantido o atendimento de saúde e de advogados aos presos.
A ação foi tomada para evitar novos casos de instabilidade nos presídios federais.
Nesta sexta, o ministério da Justiça também pediu ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos a nomeação de 80 políciais penais federais com o objetivo de reforçar a segurança nas unidades.
Segundo o secretário-executivo da pasta, Manoel Carlos, o reforço de efetivo visa "otimizar procedimentos e medidas de segurança" e “coibir, de forma efetiva e eficiente, quaisquer tentativas de evasão que possam vir a ser arquitetadas e orquestradas pelos líderes das organizações criminosas”.
Considerados presos de "alta periculosidade" e ligados ao Comando Vermelho, Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça fugiram da unidade de Mossoró por volta das 3h30 desta quarta-feira. Eles abriram um buraco no teto por meio de uma luminária e conseguiram um alicate em uma canteiro de obras para cortar o alambrado e escapar.
Nesta sexta-feira, as forças policiais encontraram rastros dos dois fugitivos, que também foram vistos por moradores da região de Mossoró. Integrantes da Polícia Federal, Polícia Penal Federal e Polícia Militar localizaram pegadas, uma toalha e uma camiseta deixados no meio da mata. Eles acreditam ser dos dois presos.