O avião Cesna-182 interceptado, nesta terça-feira, pela Força Aérea Brasileira (FAB) com um carregamento de 400kg de cocaína usava uma matrícula clonada, segundo apontam as investigações da Polícia Federal, que também participou da ação. Uma outra aeronave com a mesma identificação PT-CRN foi destruída pela PF em uma operação na Terra Indígena Yanomami, em maio de 2023.
No site da Agência Nacional de Aviação, a busca por uma aeronave com essa matrícula resulta em Cesna do mesmo modelo, mas com o certificado de aeronavegabilidade suspenso. Em nota, a PF afirma que o avião PT-CRN foi inutilizado no ano passado.
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FAB intercepta avião com carregamento de cocaína e faz pouso forçado em SP
O avião entrou no território nacional pelo Mato Grosso do Sul, vindo do Paraguai. O Cesna-182 passou a ser monitorado pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) após entrar no país sem um plano de voo.
A aeronave foi classificada como suspeita, e as autoridades constataram a matrícula PT-CPR do avião era clonada, segundo a FAB.
A Força Aérea deslocou dois caças Super Tucano e um avião radar E-99 para ação. Após a interceptação, o piloto de um dos caças determinou o pouso obrigatório do avião em Londrina, no Paraná.
No entanto, às 11h10, o Cesna-182 desobedeceu a ordem e fez um pouso forçado em uma pista de terra de Santa Cruz do Rio Pardo (SP). Na aterrisagem, o avião acabou por se partir ao meio, deixando o carregamento da droga em meio espalhado pelo terreno.
O piloto da aeronave tentou escapar, mas acabou sendo localizado por um helicóptero da PF. Ele foi preso em flagrante pelo crime de tráfico internacional de droga, tendo sido encaminhado à Delegacia de Polícia Federal em Marília/SP.