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O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, anunciou nesta quinta-feira que a instituição está trabalhando em um pacote de medidas de apoio ao Rio Grande do Sul, que totaliza R$ 5,5 bilhões.
Desse total, estão “garantidos” R$ 1,5 bilhões para empréstimos destinados a contratos que já estão em negociação, com direcionamento, por exemplo, às micro e pequenas empresas. O banco afirma que o valor é necessário para preservar empregos.
Os outros R$ 4 bilhões estão sendo discutidos. Ou seja, são linhas de crédito potenciais. A prioridade é para projetos de infraestrutura das cidades.
Os juros desses empréstimos, como de praxes no BID, estão abaixo do mercado. As taxas variam de 0,40% a 0,80% por ano. Ainda não há um prazo para liberação dos R$ 4 bilhões, mas a expectativa é de que haja celeridade.
— A mudança climática é real, está cada vez nos mostrando como está afetando os países — afirmou Goldfajn. — O BID pode ajudar, além do pacote de medidas, também no seu conhecimento técnico, em projetos (incluindo infraestrutura) que sejam resilientes, com estudos e propostas para tentar enfrentar a mudança climática.
Além disso, foi anunciado outros valores em doações diretas, incluindo R$ 3 milhões. A destinação esperada é para alimentos e transporte das pessoas.
Goldfajn afirmou também que o BID vai triplicar, nos próximos dez anos, os recursos destinados à projetos para combater os efeitos das mudanças climáticas na América Latina e Caribe. O valor vai passar de US$ 50 bilhões para US$ 150 bilhões.
