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Por — Rio de Janeiro

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GERADO EM: 20/06/2024 - 14:39

Crime familiar no Amazonas: sequestro, estupro e tráfico

Família no Amazonas é indiciada por sequestro, estupro, tráfico de drogas e mais crimes após investigações sobre morte de ex-sinazinha. Funcionários da rede de salões também envolvidos. Polícia desvenda seita religiosa e uso de drogas em clínica veterinária.

A Polícia Civil do Amazonas finalizou as investigações sobre o caso de Djidja Cardoso, ex-sinazinha do Garantido, morta no dia 28 de maio. A mãe, Cleusimar, e o irmão, Ademar, presos desde o dia 8 de junho por suspeita de envolvimento com uma seita e com a morte da jovem, foram indiciados por 12 crimes. Funcionários da rede de salões da família também estão presentes no inquérito. Ademar, indiciado por delitos como estupro, sequestro e aborto sem consentimento, é quem vai responder por mais acusações.

O 1° Distrito Integrado de Polícia concluiu o inquérito policial que apurou a existência de uma seita religiosa, fundada a fim de induzir funcionários de uma rede de salões de beleza ao uso da quetamina, uma droga alucinógena utilizada na sedação de animais.

Acusado de crimes sexuais por uma ex-namorada e outras vítimas da seita, Ademar Cardoso vai responder por 11 acusações, sendo elas: tráfico de drogas; associação ao tráfico; perigo para a vida ou saúde de outrem; falsificação, adulteração ou corrupção de produtos destinados a fins terapêuticos, ou medicinais; aborto provocado sem consentimento da vítima; estupro de vulnerável; charlatanismo; curandeirismo; sequestro e cárcere privado; constrangimento ilegal e tortura.

— Ao longo das investigações, tomamos conhecimento de que Ademar também foi responsável pelo aborto de uma ex-companheira sua, que era obrigada a usar a droga e sofria abuso sexual quando estava fora de si. A partir desse ponto, as diligências se intensificaram e identificamos uma clínica veterinária que fornecia medicamentos altamente perigosos para o grupo da seita — afirmou o delegado Cícero Túlio.

O local onde a família vivia e as vítimas haviam sido mantidas foi descrito pelo delegado como um lugar que cheirava à podridão. Segundo o delegado, ao longo das operações nas unidades da rede, foram encontrados centenas de seringas, algumas prontas para serem usadas, além de doses da droga.

— Outras duas pessoas relataram essa situação do estupro, principalmente por terem sido dopadas durante o ato sexual e não se lembrarem nada sobre aquilo. Algumas delas permaneceram despidas por vários dias, sem sequer tomar banho, em uma situação de cárcere privado. Inclusive, no momento que adentramos naquela residencia, o cheiro de podridão era muito forte.

Família indiciada

Djidja Cardoso, Cleusimar e Ademar — Foto: Reprodução/Redes sociais
Djidja Cardoso, Cleusimar e Ademar — Foto: Reprodução/Redes sociais

As investigações, iniciadas há cerca de 2 meses, também buscavam o envolvimento de Djidja, antes de sua morte. O grupo criminoso fundou a seita Pai, Mãe, Vida, e, por meio dela, cooptavam e induziam pessoas ao uso das substâncias.

Durante as investigações, a polícia identificou que Cleusimar, Ademar e Djidja, com auxílio do seu namorado Bruno Rodrigues — que teve a prisão temporária convertida em preventiva — e dos funcionários Claudiele, Marlison e Veronica, operavam o esquema criminoso promovendo a realização de cultos religiosos com a utilização dos entorpecentes.

A família também era ajudada por Hatus Silveira, apontado como Elo dos autores com os fornecedores de drogas. São eles, José Maximo, Savio e Roberleno, administradores dos empreendimentos comerciais Maxvet, Reino dos Pets e Casa do Criador. Ainda dentre os indiciados, está Emicley que teria auxiliado na dissimulação de provas durante as buscas realizadas em uma das clínicas veterinárias.

O grupo criminoso pretendia montar uma clínica veterinária para facilitar o acesso e compra dos medicamentos de uso controlado. Além disso, os membros almejavam fundar uma comunidade para manter os trabalhos doutrinários da seita.

Durante as investigações, a morte da suspeita Djidja Cardoso, pelo uso excessivo de quetamina, acelerou o trabalho da polícia, que prendeu familiares e funcionários do salão por suspeita de envolvimento na morte.

Segundo os agentes, em dado momento, Djidja passou a ser vítima da tortura praticada pela mãe Cleusimar, resultando na sua morte por depressão cardio-respiratória, em razão das torturas sucessivamente praticadas, inclusive registradas por vídeos feitos pela própria agressora.

Veja por quais crimes cada envolvido foi indiciado:

Ademar Farias Cardoso Neto

  • tráfico de drogas;
  • associação ao tráfico;
  • perigo para a vida ou saúde de outrem;
  • falsificação, adulteração ou corrupção de produtos destinados a fins terapêuticos, ou medicinais;
  • aborto provocado sem consentimento da vítima;
  • estupro de vulnerável;
  • charlatanismo;
  • curandeirismo;
  • sequestro e cárcere privado;
  • constrangimento ilegal;
  • tortura.

Cleusimar Cardoso Rodrigues

  • tráfico de drogas;
  • associação ao tráfico;
  • perigo para a vida ou saúde de outrem;
  • falsificação, adulteração ou corrupção de produtos destinados a fins terapêuticos, ou medicinais;
  • charlatanismo;
  • curandeirismo;
  • sequestro e cárcere privado;
  • constrangimento ilegal;
  • tortura com resultado de morte.

Veronica da Costa Seixas

  • tráfico de drogas;
  • associação ao tráfico;
  • perigo para a vida ou saúde de outrem;
  • falsificação, adulteração ou corrupção de produtos destinados a fins terapêuticos, ou medicinais;
  • charlatanismo;
  • curandeirismo;
  • sequestro e cárcere privado;
  • constrangimento ilegal.

Marlison Vasconcelos Dantas

  • tráfico de drogas;
  • associação ao tráfico;
  • perigo para a vida ou saúde de outrem;
  • falsificação, adulteração ou corrupção de produtos destinados a fins terapêuticos, ou medicinais;
  • charlatanismo;
  • curandeirismo.

Claudiele Santos Silva

  • tráfico de drogas;
  • associação ao tráfico;
  • perigo para a vida ou saúde de outrem;
  • falsificação, adulteração ou corrupção de produtos destinados a fins terapêuticos, ou medicinais;
  • charlatanismo;
  • curandeirismo.

José Maximo Silva de Oliveira (dono da Maxvet)

  • tráfico de drogas;
  • associação ao tráfico;
  • perigo para a vida ou saúde de outrem;
  • falsificação, adulteração ou corrupção de produtos destinados a fins terapêuticos, ou medicinais.

Savio Soares Pereira (dono da Reino dos Pets e sócio do José Máximo)

  • tráfico de drogas;
  • associação ao tráfico;
  • perigo para a vida ou saúde de outrem;
  • falsificação, adulteração ou corrupção de produtos destinados a fins terapêuticos, ou medicinais;
  • favorecimento real;
  • favorecimento pessoal.

Hatus Moraes Silveira

  • tráfico de drogas;
  • associação ao tráfico;
  • perigo para a vida ou saúde de outrem;
  • falsificação, adulteração ou corrupção de produtos destinados a fins terapêuticos, ou medicinais;
  • exercício ilegal da medicina.

Bruno Roberto da Silva Lima

  • tráfico de drogas;
  • associação ao tráfico;
  • perigo para a vida ou saúde de outrem;
  • falsificação, adulteração ou corrupção de produtos destinados a fins terapêuticos, ou medicinais;
  • charlatanismo;
  • curandeirismo.

Roberleno Ferreira de Souza (administrador da Casa do Criador)

  • tráfico de drogas;
  • associação ao tráfico;
  • perigo para a vida ou saúde de outrem;
  • falsificação, adulteração ou corrupção de produtos destinados a fins terapêuticos, ou medicinais.

Emicley Araujo Freitas Junior (funcionário da Maxvet)

  • favorecimento real;
  • favorecimento pessoal.

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