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GERADO EM: 18/06/2024 - 08:00

Reabertura do Martinelli: história e novidades

O Edifício Martinelli, ponto icônico de São Paulo, reabriu temporariamente com uma programação concorrida que inclui eventos culturais e atividades variadas. Após concessão à iniciativa privada, o prédio passará por uma reforma milionária para incluir novos serviços como restaurante, cinema e loja de design. A história do edifício, considerado o primeiro arranha-céu da cidade, remonta desde sua construção em 1929, passando por momentos de decadência e ressurgimento como patrimônio histórico.

São rodas de samba, festas de todos os tipos além de atividades culturais, como um desfile parte da programação da São Paulo Fashion Week (SPFW). A agenda do centenário Edifício Martinelli, no centro de São Paulo, andou bastante concorrida nos últimos meses. O motivo da louvação ao redor do endereço de 28 andares com a fachada para a Rua São Bento é fruto, além da comemoração de seu aniversário, da reabertura temporária de seu terraço que faz as vezes de mirante (no 26º andar) para outros tantos endereços icônicos da metrópole paulistana, caso do do Farol Santander e a Catedral da Sé.

Os andares de 25 a 28, além da loja 11 no térreo, totalizando 2.570 metros quadrados, foram concedidos à iniciativa privada pela prefeitura no ano passado, o que levou novidades à operação do ponto, que funcionava de maneira claudicante até fechar de vez na pandemia. Com o acordo, que prevê o pagamento de uma outorga fixa à gestão municipal de R$ 135 mil, vencido pelo Grupo Tokyo, habitué do centro paulistano, o prédio foi temporariamente inaugurado e deve, em breve, passar por uma reforma milionária a partir do segundo semestre.

Para se ter uma ideia do burburinho causado pelo ponto, há eventos que chegam a esgotar em 30 minutos. Outros, contudo, levam um tempo maior, de dois a três dias, dizem os organizadores. É raro, porém, sobrar ingressos para atividades culturais no endereço.

— O plano original era fechar em junho para as reformas que faremos, mas agora estamos avaliando internamente avançar até o fim de agosto ou meados de setembro — afirma Fabio Balestro Floriano. — A primeira vez que subi no prédio, em 2018, com os outros sócios fiquei maravilhado, estávamos procurando novos lugares para expandir atividades e decidimos que seria lá. Até ai, eu não tinha noção de que haveria um processo de licitação, o que transformou nosso sonho em realidade.

Gaúcho, Fabio confessa que não sabia o interesse que o prédio paulistano causava em seus vizinhos até abrir as portas da operação para o projeto que ficou batizado de M100, como forma de celebrar o centenário das obras do Martinelli.

— O valor que as pessoas dão a esse ponto é muito impressionante, esperávamos o retorno positivo, mas nos surpreendeu — diz.

A surpresa, vale dizer, pode ser contada em números. Foram 47 mil pessoas presentes em eventos realizados no mirante desde março, além das visitas guiadas que esgotam muito rapidamente. Com o primeiro ano de atividades, os gestores espaço tinham o projeto de faturar R$ 3 milhões. A contabilidade, diante do sucesso dos eventos iniciais, saltou para R$ 12 milhões. O plano original é que os andares concedidos fiquem fechados por um período que se estenda de 7 meses a um ano para uma ampla reforma.

Os trabalhos de readequação do local deverão, afirma o Grupo Tokyo, abrir espaço para que o Martinelli receba restaurante, cinema, bar, café, loja de design e espaço até para gravação de podcast. Os trabalhos podem chegar a consumir R$98 milhões, um patamar bem maior do que os R$58 milhões para reforma inicialmente previsto. O valor substancial de aumento inclúi o desejo do grupo de também reformar a fachada do imóvel em sua totalidade. Não só os andares mais altos, onde responde pela organização.

As mudanças, inclusive, podem incluir um naming rights para o espaço. Um tipo de febre na capital paulista. Estádios de futebol, estações de metrô e casas de show contam com a modalidade de investimento. Os gestores do topo do Martinelli, contudo, dizem avaliar o caso com cautela. Enquanto isso, marcas interessadas a atrelar seu nome ao pedaço (de diversas maneiras) não demoram a chegar.

— Há marcas de diversos segmentos interessadas. Com alta busca — afirma Rafael Guedes.

A mística

Antes de tornar-se um ponto badalado da tarde e da noite paulistana, o topo do Martinelli amargou alguns anos de fechamento e a interrupção total das visitas com a chegada da pandemia da Covid-19. Nos andares mais baixos, porém, a atividade de escritórios e de secretarias da gestão municipal seguiram em funcionamento. Antes de tímidamente empalidecer no cenário do entretenimento paulistano, contudo, o ponto chegou a receber a chancela de prédio mais alto da América Latina em seus tempos áureos.

Conhecido como o primeiro arranha-céu da cidade, o projeto do Martinelli começou a caminhar em 1924, sob a batuta de seu idealizador, o empresário italo-brasileiro Giuseppe Martinelli (1870-1946). Apesar da monumentalidade do projeto, não foram poucos os cenários embaraçosos no qual o prédio foi visto até, ao menos, sua desapropriação por parte da prefeitura em 1979.

— O Martinelli é um prédio icônico da cidade, foi inaugurado ainda em 1929 com diversos usos. Foi pensado para ter hotel, cinema, escritórios e a casa do comendador Martinelli no topo, como forma de demonstrar à população (que tinha receio de um prédio tão alto) a segurança do empreendimento — afirma o historiador e fundador do Instituto São Paulo Antiga Douglas Nascimento. — Foi esse custo que passou a levá-lo à falência.

A deterioração do imóvel, porém, começou a ocorrer de maneira latente ainda nos anos 1940, diz Nascimento. Dali em diante o prédio se viu envolto à uma crise crescente, tornando-se uma espécie de cortiço em 1950. Até mesmo sua demolição passou a ser discutida em meados dos anos 1960.

— Foi na década de 1970 que a ideia de patrimônico começou a ser mais trabalhada e que a importância do prédio foi reconhecida. Um processo de restauro, encerrado em 1979, marcou essa mudança — afirma o historiador.

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