Música
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Por Ricardo Ferreira — Belo Horizonte

“Aposentou o Milton Nascimento, agora o Skank. A gente vai ter que ouvir esses trem ruim que tem aí, uai”, disse o motorista de aplicativo Geraldo, levemente desolado com o último show do Skank, enquanto avançava no trânsito que já tomava o entorno do Mineirão, local escolhido para a última apresentação do quarteto. O termômetro marcava 30 graus numa tarde de céu parcialmente nublado quando o público começava a chegar no estádio, em Belo Horizonte.

Nos arredores do estádio, fica visível a variedade de gerações que veio acompanhar o adeus da banda que ajudou a moldar a identidade sonora da capital mineira desde o início dos anos 1990. Há pais e filhos, avôs e netos, adolescentes, quarentões. Muita gente com camisa de clubes de futebol, sobretudo do Cruzeiro, time de coração de Samuel Rosa.

O engenheiro Jaime Lopes, de 26 anos, é mineiro mas mora em São Paulo, comprou o ingresso no primeiro dia de vendas. Ele está empolgado, mas não esconde certa melancolia pelo fim da banda.

– Fiz questão de comprar assim que abriu porque sou muito fã. Mas é um misto de alegria e tristeza, queria que eles continuassem. Minha música preferida é Saideira, o que é um tanto simbólica pra esse momento – diz o rapaz.

Faixas do Skank em destaque nos arredores do Mineirão — Foto: Ricardo Ferreira/O Globo
Faixas do Skank em destaque nos arredores do Mineirão — Foto: Ricardo Ferreira/O Globo

O setlist do show deste domingo tem 33 músicas, quatro a mais do que o do show de São Paulo. Parece um presente para a cidade que sempre aplaudiu de perto Samuel, Henrique, Lelo e Haroldo. No entorno do estádio, um ambulante diz que já vendeu 60 faixas de amarrar na cabeça que marcam o dia histórico. Outro diz que vendeu 20 pulseiras.

Nas redes sociais, músicos que ajudaram a construir o cenário do pop rock brasileiro dos anos 1990, do qual o Skank é vetor fundamental, fizeram homenagens à banda mineira.

“Para uma banda como essa não existe despedida, não existe fim. Levita, venta, voa, é sopro e ar. E a música do Skank é atemporal, eterna”, escreveu Nando Reis.

Público tomando o Mineirão para o último show do Skank — Foto: Ricardo Ferreira/O Globo
Público tomando o Mineirão para o último show do Skank — Foto: Ricardo Ferreira/O Globo

Para João Barone, dos Paralamas do Sucesso, a ficha parece não ter caído:

“Muito bizarro esse sentimento de ver uma banda tão bacana escolher acabar, parece que presenciamos um final precoce de alguma coisa que está viva e pulsante”, postou o baterista.

Jornalista Fernando Rocha nos bastidores do Mineirão — Foto: Ricardo Ferreira/O Globo
Jornalista Fernando Rocha nos bastidores do Mineirão — Foto: Ricardo Ferreira/O Globo

— É o final de uma jornada que enxeu de orgulho todos nós mineiros. Todo mundo que vive em Belo Horizonte tem muito orgulho em dizer que conhece um dos quatro ou tem um tipo de relação com eles. Estamos celebrando o orgulho de uma banda tão bacana que cantou Minas Gerais para o mundo — relata o jornalista Fernando Rocha, que levou o filho Pedro para se despedir do grupo.

O show do Skank está marcado para começar às 19h no Mineirão.

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