Jonathan Majors empreende seu retorno à indústria do cinema, passo a passo. Após ser considerado culpado das acusações de assédio sexual e agressão e condenado a 52 semanas de liberdade condicional, tudo indicava que a carreira desse ator havia chegado ao fim. No entanto, agora é notícia que Majors tem um novo filme no horizonte.
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"Merciless" é o título do filme que será protagonizado pelo ator e dirigido por Martin Villeneuve (irmão de Denis Villeneuve, realizador das duas partes de Duna). Trata-se de um filme de baixo orçamento, que gira em torno de um investigador da CIA que se depara com uma ameaça misteriosa quando a mulher que ama afirma ter sido possuída por forças malignas. Para salvar a vida de sua amada, o protagonista deverá cruzar todos os limites e assumir sua escuridão interna para vencer essa batalha.
Segundo anunciado, as filmagens de "Merciless" ocorrerão no final do outono da América do Norte, em Saskatchewan, uma província do Canadá. E, claro, esse dado chama a atenção, considerando que, devido à sua situação legal, Majors não tem autorização para sair do país. Para isso, seus advogados deverão solicitar a autorização correspondente ao juiz responsável.
Em um comunicado, Villeneuve assegurou que seu longa-metragem “reúne tópicos como possessão, vingança e justiça pessoal, no contexto de uma narrativa inquietante. A trama explora o descenso psicológico de John, que será interpretado por Majors, e as forças sobrenaturais que desafiarão sua sanidade”. O projeto ainda não tem data de estreia e estima-se que contará com um orçamento modesto, considerando que se trata de uma produção independente.
Condenação eximiu Majors da prisão
A carreira do ator estava em ascensão quando ele foi acusado por sua ex-namorada, Grace Jabbari, de assédio sexual e agressão. Após um julgamento que se prolongou por vários dias e no qual Majors foi considerado culpado, há poucas semanas foi divulgada a condenação que ele deve cumprir. Vários meses após o processo judicial no qual foi considerado culpado das acusações, o juiz Michael Gaffey determinou que Majors deve enfrentar uma pena de 52 semanas de liberdade condicional.
Além disso, o protagonista de Lovecraft Country também deve comparecer pessoalmente a um programa de conscientização sobre violência machista, continuar com suas terapias de saúde mental e informar ao juiz sobre seus progressos. Majors também não poderá se aproximar de Jabbari de forma alguma. Dessa maneira, ele conseguiu evitar cumprir pena de prisão, uma das possibilidades que mais o preocupava. Certamente, se não cumprir algumas das regras impostas pelo juiz, sua liberdade condicional será revogada e ele irá para a prisão por um período máximo de 364 dias.
Na época, o juiz Gaffey detalhou que sua decisão foi baseada na falta de antecedentes criminais por parte de Majors, e que, devido a isso, considerou que não era necessário enviá-lo para a prisão. Por sua vez, o ator se recusou a prestar depoimento, embora sua equipe de advogados tenha afirmado estar satisfeita com a sentença.
Quando, em dezembro do ano passado, o ator foi considerado culpado, a Marvel Studios decidiu demiti-lo, apesar de ele estar destinado a desempenhar um papel-chave no futuro dos filmes e séries do estúdio. Jonathan Majors estreou nesse universo no último episódio da primeira temporada de Loki, no qual interpretou Kang. Esse vilão reapareceu em Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, onde desempenhava um papel central como o grande rival do herói do título. Longe de ser derrotado, o filme aprofundava a história de Kang, suas muitas encarnações e a capacidade de se reunir com outras versões suas para formar um verdadeiro exército de Kangs.
Os planos de Kevin Feige, diretor da Marvel Studios, eram de apresentar Kang como a nova grande ameaça dentro do cosmos Marvel, em um caminho semelhante ao traçado para Thanos. Mas, após a condenação do ator e sua demissão, o futuro se apresenta incerto para esse vilão, destinado a ser o próximo rival dos Vingadores.