Economia
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Por — São Paulo

Após encontro com o CEO mundial da Enel, Flavio Cattaneo, na Itália, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste sábado, que o Brasil está "disposto" a renovar o contrato com a companhia de energia. A Enel, desde o ano passado, vem sendo pressionada após uma série de apagões em São Paulo e em outros locais em que opera. Segundo Lula, a distribuidora prometeu que "não haverá apagão em nenhum lugar":

— Nós estamos conversando com eles porque a gente está disposto a renovar o acordo se eles assumirem o compromisso de fazer investimento. Eles assumiram o compromisso. Ao invés de investir R$ 11 bilhões, eles vão investir R$ 20 bilhões nos próximos 3 anos, prometendo que não haverá mais apagão em nenhum lugar em que forem responsáveis pela energia. — afirmou Lula a jornalistas na Itália, onde participa de encontro do G7.

Depois da reunião, que aconteceu na cidade italiana de Carovigno, a distribuidora reforçou que pretende investir US$ 3,7 bilhões no Brasil (cerca de R$ 20 bilhões) até 2026. O valor havia sido anunciado em abril. Em nota, a Enel indicou ainda que governo brasileiro e a empresa "convergiram numa série de pontos" e que os investimentos incluem "aumento da sua força de trabalho no país".

Lula também afirmou que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, levará a ele na próxima semana uma proposta para que, então, o governo decida sobre o contrato com a companhia. O presidente acrescentou que não se pode permitir que "a capital mais importante do país fique sem energia", em referência a São Paulo.

As declarações de Lula e o encontro com Flavio Cattaneo acontecem em um momento em que o governo federal discute os termos para renovação de contratos de distribuição de energia no país com 20 concessionárias, entre elas, a Enel. No início do mês, o Ministério de Minas e Energia enviou para a Casa Civil uma minuta do texto, que irá definir as regras para uma possível renovação das concessões pelos próximos 30 anos.

Enel sob pressão

A Enel tem passado por uma crise de imagem e tem sido alvo de críticas desde a queda de energia que deixou 2 milhões de residências sem luz na capital paulista, em novembro do ano passado. Ao episódio, somaram-se novos apagões que aconteceram no Rio de Janeiro e Ceará, onde a distribuidora também opera.

Alexandre Silveira foi um dos críticos ao desempenho da companhia de energia. O ministro chegou a afirmar, em maio, que a Enel precisava "provar" que estava disposta a fazer investimentos no Brasil, ou então teria que deixar o país. O ministro foi um dos presentes no encontro deste sábado com o CEO global da empresa italiana.

Além do MME, a companhia entrou na mira também da Agência Nacional de Energia Elétrica e da Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça. A Aneel aplicou em fevereiro uma multa de R$ 168,5 milhões para a empresa após os apagões em São Paulo. Nesta sexta-feira, a Secacon multou em R$ 13 milhões a empresa em razão de interrupções de energias entre novembro de 2023 e janeiro deste ano.

Além da promessa de investimento e de contratação de funcionários, a empresa também tem promovido mudanças em seu quadro de comando. Em maio, Guilherme Lencastre foi nomeado como novo diretor-presidente da distribuidora de energia em São Paulo, em substituição a Max Xavier Lins, que liderava as operações na Enel SP desde 2018. No fim do ano passado, Antonio Scala assumiu a presidência nacional da empresa no Brasil no lugar de Nicola Cotugno.

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