Botafogo mantém elevada média de altura do elenco e usa estatura como trunfo nesta temporada

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Em dezembro de 2023, o observatório CIES Football publicou um estudo que revelava que o Botafogo tinha o time mais alto entre os 20 que disputaram a Série A, levando em conta a altura média da escalação mais utilizada (1,83m). Naquele grupo, o goleiro Lucas Perri (1,97m) era quem mais puxava a conta para cima, seguido por Júnior Santos (1,88m), o mais alto dos jogadores de linha.

Um outro dado interessante era que o alvinegro havia passado 36% do tempo em campo com uma escalação igual ou superior à 1,86m de média, assim como o Cuiabá, segundo time mais alto no geral (1,82m).

As transferências de jogadores na janela do início do ano não fugiram desta estratégia. Para o lugar de Perri, veio John, que possui os mesmos 1,97m, e qualidades ainda maiores de elasticidade, e toque de bola desde o início da construção de ataques. Na zaga, Lucas Halter (1,87m) e Alexander Barboza (1,93m) foram as novidades. E enquanto Danilo Barbosa (1,83m) tem sido presença mais constante no meio, Luiz Henrique (1,82m) elevou a altura do ataque, na comparação com Victor Sá (1,78m).

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A média de altura do Botafogo se mantém na faixa dos 1,83m de duas formas. Ao se olhar para os titulares mais frequentes nos últimos confrontos, e também quando se considera os 16 jogadores mais utilizados na temporada. Cuiabano (1,79m), mais alto que Marçal (1,78m), ainda não figura entre estes.

Tiquinho Soares (1,87m) deve seguir fora do time hoje por conta do falecimento do pai, na última sexta-feira, e da necessidade de cuidar da família. Assim como na vitória por 2 a 1 sobre o Grêmio, o paraguaio Óscar Romero (1,76m) iniciará a partida, diminuindo um pouco a média de altura do time, mas não o “estilo físico”.

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O Botafogo funciona baseado no vigor dos jogadores, principalmente no meio, coração da equipe de Artur Jorge. O setor ganha muitos duelos defensivos e sempre promove rápidas conexões para desenhar jogadas. Isso não significa que o alvinegro seja focado em contra-ataques, mas, pelo contrário, em controle dos movimentos. A visão da SAF mudou o panorama sobre a questão física do elenco alvinegro.

— Sempre conversamos para os setores conseguirem estar próximos. Isso facilita tanto quando temos a posse de bola e quando perdemos. E acaba te dando um certo conforto, ainda que indireto, em um setor no qual não existe conforto — detalhou o volante Danilo Barbosa em entrevista ao GLOBO.

Danilo e, em especial, Marlon Freitas, se destacam pelo vigor. Ao mesmo tempo, isso também resume a temporada de Júnior Santos, artilheiro do time no ano com 18 gols, e jogador cada vez mais acostumado a proteger a bola e se apresentar dominante no setor ofensivo.

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Aos poucos, outras peças vão retornando. Jogadores machucados vão se recuperando de suas lesões — Marçal e Pablo podem voltar a ser relacionados hoje. Outros investem tempo fora do clube para melhor seu condicionamento. A tendência é que um time ainda mais inteiro busque dar sequência aos bons resultados recentes.

Adversário desta noite, o Athletico só tem o desfalque de Felipinho. Cuca (suspenso) pode manter a base da escalação do último jogo, com um substituto para o meia, ou mesmo optar por mudar o esquema.