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Com o time repleto de desfalques, o Flamengo foi a campo neste domingo com o objetivo de assegurar a manutenção da liderança do Campeonato Brasileiro, e quase obteve êxito na missão.
Sem dez jogadores e o técnico Tite, suspenso, a atuação fora de casa contra o Athletico-PR foi boa, mas não contava com um pênalti marcado no fim, quando a bola foi chutada na mão de David Luiz. Fernandinho fez o gol no minuto final, mas Evertton Araújo, cria do Ninho e novidade na relação do jogo, deixou tudo igual aos 53 minutos: 1 a 1 em um roteiro de cinema de um clássico nacional.
Em um jogo equilibrado, com alternância de bons momentos entre as equipes, prevaleceram os sólidos sistemas defensivos. O Flamengo chegou aos 18 pontos, mas acabou sendo superado pelo Botafogo, que assumiu a liderança ao vencer o Grêmio (19 pontos). Em terceiro na tabela está o Bahias (com os mesmos 18 pontos do rubro-negro, mas em desvantagem no saldo de gol), seguido pelo Athletico-PR, com 17.
Zagueiros na criação
No Flamengo, a atuação do quarteto de zagueiros também é digna de registro na parte ofensiva. Com Lorran como único homem de ligação, coube a Fabrício Bruno, Léo Pereira, David Luiz e principalmente Léo Ortiz, que atuou mais adiantado, criarem e participarem ativamente das jogadas de transição. Talvez por isso o Flamengo não tenha sido tão veloz para transformar domínio em gols.
Ainda que o esquema da vitória sobre o Grêmio tenha sido mantido, Bruno Henrique esteve abaixo e saiu passando mal no intervalo. Já Luiz Araújo, herói no jogo anterior, voltou ao seu estado normal. Coletivamente, faltou ao Flamengo ser mais incisivo. Pedro teve raríssimas oportunidades de concluir.
Além de Lorran, o Flamengo tinha em Gerson potencial criativo que foi pouco visto. O meia teve papel burocrático na armação e não fez a diferença na parte ofensiva. Os principais avanços foram de Wesley na direita e Léo Pereira do lado esquerdo. Muito pouco para criar perigo real.
Gabigol é acionado, mas cria salva
No segundo tempo, com Victor Hugo no lugar de Bruno Henrique, o meio-campo ficou mais congestionado, e o jogo seguiu acirrado, sem espaços. Antes do que nas últimas partidas, Gabigol foi acionado para atuar ao lado de Pedro, na vaga do jovem Lorran, que não fez a diferença do último jogo.
Ato contínuo, o camisa 99 marcou um gol em bola espirrada na área, mas estava impedido. O lance, anulado, incendiou a partida em seus minutos finais. O Athletico-PR se assustou com o lance e ligou o alerta para tentar abater o adversário fragilizado pelos desfalques.
Com o jogo mais aberto e as duas equipes mais cansadas na reta decisiva do jogo, a maior pressão dos donos da casa redundou em gol. David Luiz arrematou uma finalização com a mão, e o árbitro de vídeo alertou para a penalidade, convertida por Fernandinho. Nos acréscimos, Pedro teve a melhor chance do jogo, em bola levantada, mas o jovem goleiro Leo Linck operou um milagre. No escanteio oriundo desse lance, o jovem Everton Araújo acertou a cabeçada, sem chance para o goleiro.
