Fluminense
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Por — Rio de Janeiro, RJ

RESUMO

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GERADO EM: 25/06/2024 - 13:28

Demissão de Diniz e confiança no Fluminense

Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, explicou a demissão de Diniz devido aos resultados ruins no Brasileirão. Marcão será o técnico interino, sem busca por substituto no momento. O clube passa por dificuldades, mas confia na retomada dos bons resultados.

No dia seguinte após a demissão de Fernando Diniz, o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, concedeu entrevista coletiva no CT Carlos Castilho para falar sobre o assunto e justificar a escolha pela saída do treinador.

Bittecourt explicou os motivos da decisão de demitir Diniz, baseado na falta de resultados recentes, principalmente no Campeonato Brasileiro, onde o clube está na última colocação com apenas seis pontos em onze rodadas, pouco mais de um mês após a renovação do vínculo do treinador com a equipe.

- Quando se scomanda uma instituição, um clube ou uma empresa, não importa, a gente toma as nossas decisões baseadas em conceitos que a gente tem. E, no caso, quando eu fiz a renovação do Fernando, foi baseada naquilo que a gente acredita, que é tentar dar longevidade e estabilidade ao trabalho dos treinadores do Fluminense. Uma prova disso é que o Fernando é o treinador mais longevo do Fluminense no século XXI. Então, nos últimos vinte e quatro anos, ele é o treinador que mais tempo ficou no cargo, seguido de Abel Braga. Curiosamente os dois treinadores que mais apresentaram resultado nesse período.O tempo de trabalho faz com que a gente tenha bons resultados. Para vocês verem o quanto eu me preocupo com todo o contexto da instituição, eu fiz a extensão somente até o final do meu mandato. Eu poderia, pelo que a lei prevê, prorrogar até meados de 26, que é o máximo que a lei permite. Mas eu fiz uma prorrogação de um ano e meio porque acreditava que o trabalho voltaria dar os resultados - disse Mário, que completou:

- Acreditávamos que retomaríamos a performance e os resultados. Por que não estávamos tendo a performance, já eram seis meses tentando, e conversávamos com o Fernando. Chega um momento em que futebol tem o trabalho, o dia a dia, a performance, o resultado e o ambiente. Não falo do ambiente interno, porque a despedida do Fernando foi um dos momentos mais emocionantes. A gente estava tentando encontrar o caminho, mas não há nada mais importante do que o Fluminense. Foi uma decisão consensual. Precisamos encontrar caminhos de voltar a vencer, para a torcida parar de sofrer. O rompimento foi doloroso, mas a vida é feita disso e isso não significa que não vamos retomar a relação com o Fernando lá na frente. Deu certo, foram dois anos e dois meses de muito sucesso - avaliou o presidente.

Mário Bittencourt também falou sobre Marcão, que será o treinador à beira do campo na próxima quinta-feira, contra o Vitória, pelo Campeonato Brasileiro, no famoso 'jogo de seis pontos', contra um adversário direto da zona de rebaixamento, e também deixou claro que ainda não procurou substitutos para Fernando Diniz até o momento.

- O futebol tem algumas nomenclaturas antigas… Interino, auxiliar permanente. O que temos aqui há cinco anos é um técnico permanente, o Marcão. É um técnico muito qualificado, competente, estudioso, tem todas as licenças. Fez todos os cursos e tem resultados. Nunca foi efetivado porque é um acordo que temos. Ele veio para cá para ser uma pessoa importante para o Fluminense nas saídas dos treinadores, como agora. O trabalho do Marcão aqui é um trabalho diário de treinador junto ao treinador que está aqui. Ele em todas as vezes que começamos desde o início da gestão, ele sempre se colocou como técnico permanente para ajudar nos momentos de dificuldade. Ele está mais do que 100% com as comissões técnicas. O Marcão participa de todos os treinos do técnico. O treinador que vai na quinta é um treinador da casa que sempre trouxe resultados e precisa ser respeitado. Até o dia de hoje, não pensamos em nenhum treinador e não conversamos nenhum estafe. Não trabalhamos assim. A tendência é que siga até o fim da temporada. A ideia de momento é dar a confiança para ele trabalhar e a intenção é que ele vá até o fim do ano. Pode mudar? Pode. Renovei com Diniz 33 dias atrás. Mas confiamos que o futebol e o resultado voltarão - frisou.

Mário Bittencourt durante coletiva de imprensa no CT Carlos Castilho — Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.
Mário Bittencourt durante coletiva de imprensa no CT Carlos Castilho — Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.

Veja outras respostas do presidente Mário Bittencourt:

Propostas por André e Arias: "Obviamente estamos olhando o mercado. Ficamos numa situação complicada no meio do ano, porque a melhor janela europeia é no meio do Brasileirão. Neste momento, não temos propostas por André ou Arias. Não temos. Mas a janela fecha no dia 2 de setembro. Essa proposta não vem com antecedência, pode vir com três dias pra fechar a janela. No ano passado, o Arias recebeu uma proposta de um clube russo, que era muito boa para o Fluminense, mas ele não quis ir. Só temos uma nova sondagem desse clube da Rússia, mas ele não tem interesse. Mas se chegar de outro país, que ele tenha o desejo de ir, que seja pior para o Fluminense do que era, o desejo do jogador prevalece. Ficamos numa situação de que eles podem sair ou não. Aí, eu preciso avaliar se busco um jogador que pode ou não sair. Isso imaginando uma possível saída. Estamos sempre olhando o mercado. Todo mundo faz isso. Mas temos que esperar o baralho mexer. A gente toma decisões de acordo com os fatos. Se André e Arias voltarem bem, vamos ter o time da Libertadores com o Thiago Silva na zaga. Esse ano a tendência é a venda do André. Aí, vamos avaliar se buscamos um volante e iríamos no mercado. Temos que nos adaptar no momento"

Relaxamento após conquista: "Todo ano após conquista é muito difícil para todos os clubes. É um dos fatores que fazem termos dificuldade para ir ao mercado. Quando o clube teve o maior investimento da história, brigou contra o rebaixamento. Há um relaxamento natural. Aqui, depois de 2023, na estreia do Brasileiro não tivemos muito público. Normal. As pessoas falam aqui, 2023 acabou. A gente está tentando reencontrar o futebol. Isso trouxe uma pressão. Mais que ganhar, a gente precisa encantar. Mas a gente não precisa encantar, precisa ganhar. O que fez a diferença em 2013, 2019? A torcida. Por que a gente mexeu agora? Porque tem muito campeonato. A gente entendia que precisava mudar essa energia. A gente precisa ganhar jogo para voltar a 2023. Pode até ser este ano na Libertadores. Isso já aconteceu na história do clube há 20 anos."

Apoio da torcida: "Sei que o torcedor está sangrando, que está pedindo promoção. Para o jogo de quinta, eu não consigo. Mas estou prometendo para o jogo contra o Inter. O time está precisando de ajuda, de carinho. Eles estão se dedicando demais. O nosso choro ontem não foi só porque a gente se despediu, mas porque sabemos que não estamos entregando o que o torcedor merece."

Despedida de Diniz: "A gente construiu essa relação. Eu sempre falei com ele sobre futebol. A gente nunca se encontrou além do campo. Sou amigo de todos que trabalham comigo, mas não impede de eu ter que tomar decisões que sangram no coração. A gente deu o mesmo abraço que em 2019, talvez com outra carga emocional. Choramos muito. Resolvemos a parte burocrática que ficou boa para todo mundo e ele pediu para se despedir de todos. Eu participei e vi uma das cenas mais bonitas que vi no futebol, de jogadores renomados e os que estão começando chorando. O choro foi muito de que a gente sabe que deu muito certo, a gente queria, mas não estava dando. Tenho certeza que essa relação de amor... Não tem ódio nenhum. Foi um momento muito lindo. A partir de hoje, a gente tem que virar a página para a gente voltar a ganhar jogo."

Erros de planejamento: "Não são erros propositais. São métodos que adotamos no início do ano. Não temos nada identificado. O fato de não ter tido pré-temporada não é que tenha sido um erro. Poderíamos ter esperado e não estreado contra o Bangu. A gente podia antes de tentar resgatar o jogo ter sido mais pragmático. As escolhas foram afetadas pelas contusões. Não é porque teve intransigência para aplicar método. A gente vinha tentando jogar como 2023 sem as condições de 2023. Aconteceram coisas que a gente poderia ter tomado decisões diferentes, pela fisiologia, comissão técnica, diretoria. Quando não ganhar isso afeta o ambiente. Jogador chora no vestiário. O Cano não vem fazendo gols, eu falo para minha filha que ano passado ele acertaria. Não é sorte. Mas tem um desgaste emocional. A gente entendeu que precisava de uma modificação no comando."

Parte mental: "O clube tem um departamento que trabalha todos os dias. Falo dos jogadores para que olhem para eles como humanos. Temos jogadores passando por problemas com filho, com mãe, irmão, de saúde. Eles têm problemas como nós todos. Mas precisam entrar em campo e performar. Então além das partes técnicas e físicas, a gente achou que precisava de uma mexida. O Fernando tem uma maneira de comandar e o Marcão também tem um estilo de comandar também. São mudanças que a gente precisa fazer para tentar retomar a confiança."

Desfalques: "A dificuldade que estamos passando fazem parte de um conjunto. Não é um fator que fez o Fluminense jogar mal. Estamos há seis meses procurando o que está nos atrapalhando. Tivemos um mês a menos, lesões. Do Cano, do André. A maioria saiu por problemas que não foram musculares, foram de impacto. Só reclama de calendário quem está nas grandes competições. Nesse momento, temos um jogador importante na seleção da Colômbia, o André machucado, o Thiago só vem quando abrir a janela. O time nunca teve força total nos últimos seis meses. Mas a gente acha que poderia estar melhor mesmo com todas essas dificuldades. Não para estar entre os quatro melhores, mas melhor do que a gente está."

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