O desempenho do ataque da seleção no empate sem gols com a Costa Rica, pela estreia da Copa América, ficou muito aquém do esperado. Com isso, não faltaram pedidos da torcida por Endrick entre os titulares ao lado de Vini Jr e Rodrygo. Até aqui, Dorival Junior não dá sinais de que irá atender o pedido contra o Paraguai, nesta sexta. E a pressão deve ganhar força ao longo do torneio. Mas, afinal, que diferença o futuro trio do Real Madrid pode fazer no setor ofensivo?
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Num cenário com os três em campo, o mais provável é que Raphinha fosse sacado. Desta forma, Dorival teria pelo menos duas opções mais evidentes. Uma delas seria montar um trio de ataque com Rodrygo pela direita, Vini pela esquerda e Endrick centralizado. A outra seria escalar o ex-Palmeiras na frente ao lado de Vinicius e deixar o atual camisa 10 por trás dos dois.
A primeira alternativa é a que promove menos alterações na forma como a seleção atuou diante dos costarriquenhos. A mudança seria apenas a troca de Raphinha por Endrick e uma mudança no posicionamento deste último com Rodrygo. Neste caso, o sucesso dependeria mais do talento individual de cada um e da capacidade do adversário de se defender, já que a forma de jogar da equipe sofreria poucas alterações.
Ainda assim, haveria um acréscimo importante. O time jogaria com um atleta com mais facilidade para ser o atacante centralizado. Embora não seja um centroavante, Endrick já mostrou ter valências para cumprir a função. Contra a Costa Rica, Rodrygo atuou como falso 9. Não chega a ser uma novidade para o atacante do Real Madrid, mas não é onde ele se sai melhor. O resultado foi que as melhores chances do Brasil foram em conclusões de fora da área.
Já a segunda opção traria mudanças mais significativas. E, de quebra, deixaria os jogadores mais próximos da forma como jogam no Real Madrid. Tanto Vini, no clube espanhol, quanto Endrick, no Palmeiras, se mostraram muito à vontade como atacantes de movimentação. Além disso, atrás do ataque é onde Rodrygo se sai melhor. Isso sem contar que sua capacidade cumprir várias funções o permitira trocar de posição com qualquer um dos dois, o que daria menos previsibilidade à seleção.
Contra o Paraguai, ver os três juntos é algo que só pode ocorrer durante o jogo, caso Dorival entenda ser necessário. A titularidade de Endrick na seleção é vista como precoce para o treinador. Mas ele acena com esta possibilidade para um futuro próximo.
- Todos querem ver. Mas não entendem as necessidades que se pedem para estarem todos ali juntos. Tudo é questão de tempo e de mudança comportamental do próprio atleta (Endrick), o que vem acontecendo de maneira bem tranquila - disse Dorival antes da estreia contra a Costa Rica.
- Ele vem percebendo o que precisa para daqui a pouco ser titular dessa equipe. E pode ser que não demore, até porque é um jogador extremamente hábil e que tem atributos impressionantes - complementou.