O projeto do novo estádio do Flamengo está prestes a sair do papel, principalmente após o terreno do Gasômetro ter sido desapropriado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, na manhã desta segunda-feira. Questionado sobre como irá pagar pelo terreno do empreendimento, Rodolfo Landim, presidente do clube, disse, em entrevista ao podcast 'Fala, João', nesta quinta-feira, que tem o dinheiro em caixa.
O terreno desapropriado irá a leilão, e os lances iniciais devem ficar entre R$ 146 milhões e R$ 176 milhões.
— Caixa, tenho esse dinheiro em caixa. A gente paga em 'cash'. O flamengo está se preparando para isso. Nós fizemos toda nossa previsão orçamentária. Não teremos problema nenhum em desembolsar para pagar por esse terreno — disse Landim a João Guilherme.
O Flamengo se organizou para comprar o terreno do futuro estádio, na região do Gasômetro, em operação que levou em conta a desapropriação por parte da Prefeitura do Rio. O clube não aceitou o valor estipulado pela Caixa Econômica, e tentou até o fim economizar, deixando claro que a operação seria benéfica para todos, sobretudo do ponto de vista econômico.
Diante da situação do terreno, que pertence a um fundo administrado pelo banco e está desvalorizado, a direção do Flamengo entendeu que poderia economizar em caso de desapropriação, e embarcou na pressão feita através do prefeito do Rio, Eduardo Paes.
O clube falou em pagar R$ 250 milhões, mas a oferta na mesa pelo terreno ficou em R$ 150 milhões, valor próximo ao que a Caixa pode receber com o leilão. Seria uma economia de R$ 100 milhões. Em paralelo, o Flamengo estruturou uma forma de pagar por esse valor sem desfalcar os seus cofres.
Contabilmente, foram reservados R$ 114 milhões da venda de apartamentos no prédio no Morro da Viúva, no bairro do Flamengo, que pertencem ao clube, para investir em novos imóveis. O resto será pago de uma só vez para totalizar o valor que deverá ser despedindo em leilão no próximo mês.
Agora, o presidente Rodolfo Landim quer organizar a venda dos naming rights do estádio, que serão importantes para o investimento na obra em si. Estima-se que ela dure de 3 a 5 anos. O custo total é avaliado em R$ 2 bilhões.