A PEC da Segurança Pública foi entregue por Ricardo Lewandowski a Lula na segunda-feira passada. E, para se tornar realidade, terá que vencer alguns obstáculos logo na largada — ou seja, antes de ser enviada ao Congresso, se essa for a decisão final do governo.
- Em destaque: Ex-CEO da Americanas é solto em Madri
- Ticket só de ida e compra no balcão — as 'fugas' dos ex-cabeças da Americanas
Primeiro, Lula terá que ser convencido que essa é a melhor solução que o seu governo pode dar para o combate ao crime organizado e às milícias. Ainda não foi. A proposta, apelidada no Ministério da Justiça de "o FBI do Lewandowski", tem ainda um opositor dentro do Palácio do Planalto, Rui Costa.
O chefe da Casa Civil teme que os governadores considerem a PEC uma intromissão indevida nos estados.
- Rui Costa: A reclamação frequente de ministros sobre o Casa Civil
- Viagens à Bahia enquanto Lula está no exterior também incomodam colegas de Esplanada
Pela proposta, a PF passaria a operar em todo o território nacional atuando contra o crime organizado e milícias sempre que os casos forem de repercussão nacional e internacional. Cerca de três mil agentes seriam contratados (o contingente atual da PF é de 13 mil funcionários). Essa turma atuaria somente na investigação.
A função de polícia ostensiva caberia à PRF que, além das rodovias federais, agiria também nas ferrovias e hidrovias.
- Relembre: Lewandowski inicia por SP ações contra o crime organizado
- Porque Flávio Dino andou decepcionado com Lewandowski
Se Lula der o o.k., a expectativa no Ministério da Justiça é que a tramitação da PEC no Legislativo seja tranquila. Pergunta um auxiliar de Lewandowski:
— Que Congresso vai ser contra a PF investigar o crime organizado?
- Leia mais: Clique, acesse e confira todas as notas da coluna sobre política, economia, negócios, esporte e cultura
- Canal Lauro Jardim no WhatsApp: Siga e ative as notificações 🔔 para receber bastidores exclusivos