O assassino do ex-paraquedista brasileiro Alisson Rodrigues, de 35 anos, foi preso exatamente um ano depois de ter cometido o crime na pacata cidade de Grândola.
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Na madrugada de 25 de junho de 2023, o assassino e mais duas pessoas invadiram a casa em que Alisson vivia com a mulher, a brasileira Mayla Pertel. O brasileiro levou três tiros ao tentar defender Mayla.
O trio entrou perguntando por outra pessoa e, por isso, a investigação aponta que Alisson teria sido assassinado por engano na frente da mulher.
Mayla, de 30 anos, foi poupada quando disse que estava grávida de quatro meses. O casal estava junto há quase dez anos.
Maria Alice nasceu cinco meses depois. Mayla decidiu manter a vida de ambas em Portugal como homenagem ao marido, como afirmou ao Portugal Giro. Agora, diz estar aliviada, mas ainda clama por justiça.
— Sinceramente, ainda não (tenho sentimento de justiça), porque ainda faltam os outros dois indivíduos. Neste momento estou com sentimento de alívio — disse ao Portugal Giro.
A brasileira foi contactada pela Polícia Judiciária (PJ) após a prisão do assassino, que estava na França e foi capturado ao voltar a Portugal.
— Sim, (foi) o que entrou na minha casa e realizou os disparos — declarou.
A PJ descobriu que o trio fugiu para a França após o crime e monitorou a movimentação até que pudesse efetuar a prisão. Ele está em prisão preventiva e os demais estão com mandado internacional de captura válido.
— Acredito que eles (PJ) estão fazendo um bom trabalho, tudo que está ao alcance deles — comentou Mayla.
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Mayla foi agredida com uma barra de ferro pela mulher, que só parou com a agressão quando a brasileira falou da gravidez.
Natural de Fortaleza, mas criado no Rio, Alison trabalhava nos recursos humanos de um hotel na região da Comporta.
Ela e Maria Alice voltaram ao Brasil para visitar o sogro e apresentar a filha à família. Voltarão a Portugal logo depois.