Vídeo mostra incêndio no Pantanal durante festa de São João em Corumbá (MS) e gera críticas de internautas
Prefeitura manteve celebrações apesar da trilha de fogo que resiste a poucos quilômetros dos festejos
Por O GLOBO— São Paulo
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Vídeo mostra incêndio como plano de fundo para Arraial do Banho de São João em Corumbá (MS)
Vídeo mostra incêndio como plano de fundo para Arraial do Banho de São João em Corumbá (MS)Reprodução/Instagram
RESUMO
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GERADO EM: 23/06/2024 - 15:43
Críticas por incêndios no Pantanal durante festa de São João em Corumbá
Incêndios no Pantanal durante festa de São João em Corumbá geram críticas. Prefeitura mantém celebrações apesar da trilha de fogo próxima. Aumento de focos de incêndio preocupa autoridades, que solicitam apoio do governo federal.
As celebrações do Arraial do Banho de São João em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, ocorrem neste ano em um momento em que o Pantanal enfrenta um incêndio de grandes proporções há semanas. Vídeo publicado por uma moradora da cidade nas redes sociais mostra uma vasta trilha de fogo a poucos quilômetros das celebrações, que começaram na sexta-feira e se encerram neste domingo, na orla do Porto Geral.
As imagens do fogo consumindo a vegetação enquanto as pessoas se divertem na festa, que é considerada patrimônio cultural imaterial do Brasil, provocaram críticas nas redes sociais. Nos perfis da Prefeitura de Corumbá, diversos internautas reclamaram pela opção de manter a celebração a despeito da situação no Pantanal.
“A fogueira acessa faz horas no Pantanal”, ironizou uma usuária do Instagram. “O São João é uma festa maravilhosa da nossa cultura. Mas manter a festa no estado em que a cidade está, cheia de fuligem e fumaça, olhando alguns metros dali uma cortina imensa de fogo, como se nada tivesse acontecendo?! Não dá pra acreditar!”, publicou outra.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os focos de calor detectados no bioma até o dia 10 de junho se multiplicaram por mais de dez, saltando de 133, durante o mesmo recorte do ano passado, para 1.388 em 2024. A última vez que o Pantanal teve um início de temporada seca tão incendiário foi no ano que acabou sendo o pior de sua história, em 2020.
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Queimadas no Pantanal avançaram cerca de 1000% no período que antecede o auge da temporada do fogo — Foto: Divulgação/Governo do MS Queimadas no Pantanal avançaram cerca de 1000% no período que antecede o auge da temporada do fogo — Foto: Divulgação/Governo do MS
O governo do Mato Grosso do Sul solicitou apoio do governo federal para combater os incêndios florestais no Pantanal. O Exército irá disponibilizar quatro aeronaves de grande porte, e há também a sinalização de que 50 agentes da Força Nacional serão enviados ao estado para realizar ações por terra. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) também cederá três aeronaves para os trabalhos de combate ao fogo.
Início de estação seca tem alta de 1000% em fogo no Pantanal
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Incêndio já destruiu mais de 1,5 mil hectares de vegetação nativa da Serra do Amolar, local considerado um santuário de biodiversidade no Pantanal. Por ser uma das regiões mais preservadas do Pantanal, brigadistas demoram cerca de 5 horas para acessar local das chamas. — Foto: Corpo de Bombeiros MS 2 de 17
Incêndios castigam o Pantanal — Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
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Incêndios castigam o Pantanal — Foto: Joédson Alves/Agência Brasil 4 de 17
Queimadas no Pantanal avançaram cerca de 1000% no período que antecede o auge da temporada do fogo — Foto: Divulgação/Governo do MS 5 de 17
Foto divulgada pelo Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul mostra bombeiros fiscalizando uma área queimada por um incêndio florestal no Bioma Pantanal, Região Abobral, localizado na cidade de Corumbá, no estado de Mato Grosso do Sul — Foto: Handout / MATO GROSSO FIREFIGHTERS DEPARTMENT / AFP 6 de 17
Combate a incêndio na região do Paraguai-mirim, fica há cerca de 2h30 por embarcação rio Paraguai acima, saindo de Corumbá (MS) — Foto: Brigada Alto Pantanal/IHP/09-06-2024 7 de 17
Operação no Pantanal - Combate aéreo a incêndios no Pantanal — Foto: Bruno Rezende / Governo de MS 8 de 17
Foto divulgada pelo Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul mostra bombeiros fiscalizando uma área queimada por um incêndio florestal no Bioma Pantanal, Região Abobral, localizado na cidade de Corumbá, no estado de Mato Grosso do Sul — Foto: Handout / MATO GROSSO FIREFIGHTERS DEPARTMENT / AFP 9 de 17
Combate a incêndio na região do Paraguai-mirim, fica há cerca de 2h30 por embarcação rio Paraguai acima, saindo de Corumbá (MS) — Foto: Brigada Alto Pantanal / IHP 10 de 17
Incêndio já destruiu mais de 1,5 mil hectares de vegetação nativa da Serra do Amolar, local considerado um santuário de biodiversidade no Pantanal. Por ser uma das regiões mais preservadas do Pantanal, brigadistas demoram cerca de 5 horas para acessar local das chamas. — Foto: Corpo de Bombeiros MS 11 de 17
Operação Pantanal - Combate terrestre a incêndios no Pantanal — Foto: Bruno Rezende / Governo de MS 12 de 17
Marinha do Brasil apoia ações de combate a incêndios florestais no Pantanal - Patrulhas navais auxiliam a identificar focos de queimadas. Lancha de Operações Ribeirinhas foi utilizada no transporte de brigadistas — Foto: Marinha do Brasil 13 de 17
Brigada Alto Pantanal atua para reduzir incêndio na frente de escola Jatobazinho do Paraguai-Mirim. — Foto: IHP (Instituto Homem Pantaneiro) 14 de 17
Brigada Alto Pantanal atua para reduzir incêndio em Paraguai-Mirim — Foto: IHP (Instituto Homem Pantaneiro) 15 de 17
Combate a incêndio na região do Paraguai-mirim, fica há cerca de 2h30 por embarcação rio Paraguai acima, saindo de Corumbá (MS) — Foto: Brigada Alto Pantanal / IHP 16 de 17
Combate a incêndio na região do Paraguai-mirim, fica há cerca de 2h30 por embarcação rio Paraguai acima, saindo de Corumbá (MS) — Foto: Brigada Alto Pantanal / IHP 17 de 17
Incêndio já destruiu mais de 1,5 mil hectares de vegetação nativa da Serra do Amolar, local considerado um santuário de biodiversidade no Pantanal. Por ser uma das regiões mais preservadas do Pantanal, brigadistas demoram cerca de 5 horas para acessar local das chamas. — Foto: Corpo de Bombeiros MS
Incêndio já destruiu mais de 1,5 mil hectares de vegetação nativa da Serra do Amolar, local considerado um santuário de biodiversidade no Pantanal.