Casal americano, 'preso' por três meses no Brasil após parto de bebê prematuro, retorna aos EUA

Cheri e Chris Phillips entraram em ''limbo burocrático'' em cartório em Santa Catarina; viagem a consulado americano em Porto Alegre foi impossibilitada pelas enchentes

Por — Rio de Janeiro


Casal americano enfrentou dificuldades em deixar o Brasil após ter filho prematuro Reprodução CBS

RESUMO

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GERADO EM: 27/06/2024 - 11:37

Desafios burocráticos e enchentes: casal americano em Florianópolis

Casal americano enfrenta burocracia e enchentes no Brasil após o parto prematuro do filho em Florianópolis. Após três meses, conseguem retornar aos EUA com ajuda da embaixada e senadora de Minnesota. A família enfrentou desafios para obter documentos do bebê recém-nascido devido a questões burocráticas em cartórios locais.

Cheri e Chris Phillips, o casal americano que enfrentou dificuldades para deixar o Brasil, após o parto de um filho prematuro em Florianópolis (SC), conseguiu retornar à Minnesota, nos Estados Unidos, nesta terça-feira. A família ficou presa em um "limbo burocrático" desde 12 de março, dia do nascimento do bebê.

Greyson Leo Phillips nasceu 12 semanas antes do previsto, durante uma viagem para visitar a filha de Chris, de 8 anos, que mora com a mãe em Florianópolis. Na tentativa de tirar a certidão de nascimento e o passaporte americano do bebê, a família permaneceu em solo brasileiro por mais de três meses.

“Foi uma provação e não algo que esperávamos. Ficaríamos 17 dias só para visitar minha filha no aniversário dela. Ao longo de todo esse processo, parece que cada vez que demos um passo à frente, foram três passos para trás”, contou Chris, em entrevista à imprensa local, ao chegarem no aeroporto.

“Nós amamos o Brasil. Vou lá três vezes por ano. Minha filha é meio brasileira. Agora meu filho nasceu no Brasil. Me sinto parte brasileiro. É um lugar maravilhoso. Mas o que espero que mude? Espero que a burocracia brasileira tenha ficado para trás", finalizou o pai.

Burocracia e enchentes

Em maio, o casal afirmou ao canal de televisão americano CBS que enfrentavam dificuldades burocráticas para conseguir os documentos da criança recém-nascida em cartórios da capital catarinense.

"O principal obstáculo tem sido o cartório local que se recusa a emitir a certidão de nascimento de Greyson simplesmente porque (nossos) passaportes dos EUA não têm os nomes dos (nossos) pais neles", escreveu o casal em uma mensagem enviada para amigos e parentes na qual pedem por ajuda, segundo a CBS.

A opção mais próxima do casal seria o consulado americano em Porto Alegre, mas a capital gaúcha, assim como outras cidades do Rio Grande do Sul, estava tomada por enchentes. Cheri e Chris conseguiram apoio de uma senadora de Minessota, que entrou em contato com a embaixada americana para acelerar o processo de emissão do passaporte do recém-nascido.

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