Acusado de atropelar e matar ciclista alega que está com dengue e julgamento é adiado

Marina Harkot morreu aos 28 anos em 2020 e homem teria fugido sem prestar socorro


A socióloga Marina Harkot, que faleceu aos 28 anos de idade Reprodução

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 19/06/2024 - 18:38

Acusado de atropelar cicloativista adia julgamento

Homem acusado de atropelar e matar ciclista alega estar com dengue, adiando julgamento. Marina Harkot, socióloga e cicloativista, foi morta em 2020. Acusado teria fugido sem prestar socorro após colisão.

O homem acusado de atropelar e matar a ciclista Marina Kohler Harkot, em 2020, iria a júri popular em São Paulo nesta quinta-feira (20), quase quatro anos depois do crime, mas o julgamento foi suspenso. O empresário José Maria da Costa Júnior alegou à Justiça que está com dengue.

Marina Harkot era socióloga e tinha 28 anos quando pedalava de bicicleta pela Avenida Paulo VI, na Zona Oeste de São Paulo, em novembro de 2020. Ela foi atropelada por uma Hyundai Tucson que era conduzida por José Maria da Costa Junior.

Segundo a investigação da Polícia Civil, o homem bebeu antes de conduzir o veículo. Costa Júnior deixou o local do acidente sem prestar assistência e iria a júri popular nesta quinta, acusado de homicídio por dolo eventual.

— O réu afirma que está com dengue e juntou hoje (ao processo) um atestado médico — diz o advogado Guilherme Madi Rezende, que é assistente de acusação no caso.

O advogado José Miguel da Silva Júnior, responsável pela defesa do homem, afirma que o cliente o comunicou na noite de terça-feira (18) que estava internado em um hospital, com suspeita de dengue.

— Ele mandou um atestado médico, com afastamento de seis dias. Disse que não tinha condições de comparecer ao julgamento, está com dores, com vômito e febre, todos os sintomas de dengue — conta o advogado.

José Maria responde pelo caso em liberdade e não mora mais na capital paulista. A juíza Marcela Raia de Sant'Anna, responsável pelo julgamento, acatou o pedido da defesa de adiamento pela "impossibilidade de comparecimento do réu por questões de saúde". A nova data deve ser anunciada na quinta.

Marina era pesquisadora da Universidade de São Paulo e cicloativista. Ela estudava os motivos que levavam as mulheres a usar menos a bicicleta, em relação aos homens, para se locomover na cidade.

Costa Junior se apresentou no 14º Distrito Policial de Pinheiros dois dias depois de atropelar e matar Marina, acompanhado de advogado. Um motociclista viu a batida, seguiu o veículo e anotou a placa. O carro foi localizado pela polícia num estacionamento da Rua Doutor Cesário Motta Júnior, no centro da cidade, com o para-brisa dianteiro quebrado.

Mais recente Próxima Cachorro invade pista de aeroporto de Guarulhos e paralisa operações