Novas tecnologias garantem rapidez e qualidade em serviços de zeladoria, obras de infraestrutura e contenção na cidade de São Paulo

Programas inteligentes implantados nos últimos anos reduzem em até 94% o tempo de atendimento aos cidadãos

Por Prefeitura de São Paulo, cidade de todos!


Novas tecnologias garantem rapidez e qualidade em serviços de zeladoria, obras de infraestrutura e contenção na cidade de São Paulo Divulgação

Encurtar o tempo de atendimento às demandas da população, prever locais que serão afetados por chuvas torrenciais e mobilizar atendimento preventivo, monitorar em tempo real a situação do asfalto em 17 mil quilômetros de vias públicas, construir ou consertar tubulações subterrâneas sem abrir valas ou interditar o tráfego das ruas, ter uma administração pública ágil e a serviço do cidadão.

Para ter uma ideia, o trabalho de poda ou remoção de árvores caiu de 507 para 66 dias. Operações como o tapa-buraco, que eram atendidas em 121 dias, atualmente são realizadas em apenas sete dias, graças à tecnologia a serviço da zeladoria na capital paulista.

Esses são alguns dos resultados de uma série de inovações que a Prefeitura de São Paulo implementou na cidade nos últimos anos. Alinhadas ao conceito de smart city, elas empregam várias tecnologias para melhorar a eficiência, a sustentabilidade e a qualidade de vida no município, através da gestão otimizada de recursos, serviços e conectividade.

Um exemplo é o Sistema de Gerenciamento de Zeladoria (SGZ), que foi lançado em 2017 e unificou em uma plataforma online a governança de serviços como manutenção de vias, iluminação, córregos e bueiros. Em uma cidade com 12 milhões de habitantes, mais de 5 mil praças, 600 mil pontos de iluminação, cerca de 4,5 mil quilômetros de córregos e 500 mil bueiros, o SGZ integra todos os serviços de zeladoria em um único sistema, possibilitando o monitoramento em tempo real de toda a cidade.

Solicitações dos cidadãos são registradas, verificadas e encaminhadas às equipes de zeladoria correspondentes, com acompanhamento contínuo da execução dos serviços. O sistema também utiliza mapas de calor para identificar e priorizar os problemas com maior incidência, otimizando a realização dos serviços e a atuação das equipes nas ruas.

Desde sua finalização em 2018, o SGZ permitiu uma redução significativa no tempo médio de atendimento, com exemplos como a diminuição no tempo de manejo de árvores de 507 para 66 dias, e no tempo de serviço de tapa-buraco de 121 para sete dias.

Cuidado especial com a periferia e atuação nas áreas de risco

Entre os pedidos atendidos, remoção de árvores que corriam risco de cair — Foto: Divulgação

A artesã Nísia Patrícia da Silva, moradora do bairro de Vila Nova Curuçá, na Zona Leste da cidade, conta que o tempo e a qualidade do atendimento da Prefeitura às solicitações de consertos e melhorias em sua região melhoraram muito nos últimos anos. “No passado, a gente fazia o pedido e não era atendido, ficava vários meses sem ninguém dar uma solução”, ela lembra.

Muito atuante na cobrança de serviços públicos, Nísia diz ter conseguido rapidamente o envio de serviço de cata-bagulho, uma limpeza e reforma completa na Praça Rosália Meira Barreto, que estava abandonada e também obras emergenciais contra enchentes em um rio perto da casa de sua mãe, no Jardim Campos. “Antigamente, a gente não tinha um olhar carinhoso para a Zona Leste. Agora, graças a Deus, a gente está conseguindo ter um olhar bem diferente para cá”, afirma.

No campo da prevenção de desastres, a Prefeitura implementou o Sistema Preditivo Urano, uma interface ligada ao SGZ criada para aprimorar o circuito operacional da zeladoria urbana e do atendimento humanitário na cidade. O Urano atua especialmente em ocorrências relacionadas a deslizamentos, alagamentos, inundações e queda de árvores, utilizando tecnologia e inteligência artificial para melhorar a resposta da cidade a eventos climáticos extremos.

Em uma cidade onde cerca de 6% da população reside em áreas de risco para enchentes e deslizamentos, o sistema busca prevenir e controlar ocorrências que podem afetar significativamente a qualidade de vida coletiva. O Urano utiliza e cruza informações de diferentes fontes, como o sistema IBM Weather, o radar meteorológico de São Paulo e o Plano Preventivo de Chuvas de Verão, para identificar locais com risco aumentado para essas ocorrências, permitindo uma ação preventiva e decisões ágeis e objetivas.

O metalúrgico Celso Benedito da Rocha, morador do Jardim Miragaia, também notou uma grande diferença nos serviços prestados pela administração municipal a partir da implementação dos novos sistemas. Rocha é presidente da Associação Recreativa Brasil, que faz um trabalho com pessoas em situação de rua e desenvolve um projeto de futebol para meninos e meninas, com 200 crianças cadastradas.

Entre os pedidos atendidos pela Prefeitura, ele cita o fornecimento de banheiros químicos, palco e segurança para festas do Dia das Crianças; transporte para levar os jogadores para disputar partidas fora do bairro; poda e remoção de árvores que corriam risco de cair e instalação de sinalizações e lombadas para prevenir acidentes; além de atendimento emergencial a famílias afetadas por uma inundação ocorrida em um bairro próximo. “Tudo de que precisamos, nós comunicamos à Subprefeitura e estamos tendo um bom respaldo”, elogia Rocha, morador da Zona Leste.

Sensores para mapeamento da malha viária

Outra iniciativa inovadora da Prefeitura é o Sistema Gaia, que revolucionou o monitoramento da situação das vias públicas e foi eleito como uma das melhores soluções pelo Smart City Business Brazil Congress. O sistema funciona com a ajuda de mais de 100 veículos, incluindo táxis e carros de aplicativos, equipados com um sensor acoplado à suspensão e uma câmera no retrovisor.

Esses dispositivos registram as condições do asfalto, de bocas de lobo e de outros equipamentos existentes nas vias públicas e enviam os dados automaticamente para uma central de monitoramento, substituindo o sistema manual, caro e impreciso adotado anteriormente. Dessa forma, a Prefeitura consegue acompanhar a situação das vias públicas em tempo real, estabelecer prioridades e agir de maneira mais eficiente.

O investimento em tecnologia da informação gerou também o GeoInfra, um sistema de monitoramento de obras realizadas na cidade implantado pela Prefeitura em 2019. O programa é utilizado para autorizar e monitorar trabalhos na malha viária, em calçadas, subterrâneos e redes aéreas realizados por diferentes equipes da Prefeitura e por 128 concessionárias de serviços como água, telefonia, energia elétrica e gás encanado que atuam na cidade.

Antes de sua implantação, o controle era descentralizado, gerando riscos em termos de segurança, regulamentação e eficiência na realização das intervenções, sem contar as obras que eram feitas sem qualquer comunicação oficial. O GeoInfra digitalizou processos burocráticos e promoveu maior agilidade e segurança, tornando a fiscalização mais efetiva e reduzindo o tempo de liberação de 180 para 20 dias.

Maior programa de recapeamento da história da cidade

Outro destaque é o Programa de Conservação da Malha Viária de São Paulo, que teve início em junho de 2022 e está fazendo a manutenção e o recapeamento de vias públicas em toda a cidade, com meta de atingir 20 milhões de metros quadrados até o final do próximo ano.

O programa emprega alta tecnologia para diagnosticar as condições das vias e realizar recomposições de pavimento de acordo com a situação identificada, incluindo a utilização de asfalto de qualidade superior, como o Stone Matrix Asphalt (SMA), uma mistura resistente usada em países europeus. Os serviços são executados principalmente após as 23 horas, seguindo um cronograma enxuto e pontual. O tempo de execução foi abreviado em grandes avenidas e, segundo a Prefeitura, todos os prazos de entrega foram cumpridos.

O orçamento de 2023 para pavimentação e recapeamento já atingiu R$ 2,7 bilhões, com R$ 1,2 bilhão já realizado, demonstrando o compromisso da Prefeitura em fornecer infraestrutura de transporte eficiente e durável para a cidade.

O empresário Álvaro dos Santos, sócio da padaria Marabá Pães e Doces, localizada na Avenida Itaberaba, na Zona Norte da cidade, elogia o trabalho realizado pela Prefeitura. “A avenida estava bastante esburacada”, ele conta. “O recapeamento foi muito rápido e bem-feito, inclusive a pintura das faixas.” Segundo Santos, a Prefeitura vem realizando muitos trabalhos na região. “Os serviços públicos estão sendo bem executados”, exalta com satisfação.

A construção de tubulações subterrâneas pelo método tunnel liner representa mais uma inovação importante. Utilizado na Avenida Santa Marina, na Lapa, o método permitiu a substituição de toda a tubulação das galerias pluviais sem interdição de tráfego e sem abrir valas.

O desafio era substituir a antiga tubulação pluvial dessa avenida para evitar alagamentos na via e nas áreas ao redor, incluindo a Marginal Tietê, uma das vias mais movimentadas do país. A tarefa era complicada, pois os métodos convencionais exigiriam a interdição do tráfego e levariam o dobro do tempo para serem concluídos.

Obras no subterrâneo sem abertura de valas nas ruas

Bocas de lobo são cobertas por inovadoras grelhas de polietileno — Foto: Divulgação

A tecnologia tunnel liner envolve a abertura de um poço no asfalto, permitindo que os operários escavem abaixo da terra sem abrir valas. Composto por elementos pré-fabricados, como anéis de concreto e aço, que são montados no interior do túnel, ele forma uma estrutura contínua que oferece suporte e resistência às paredes. Esse método pode ser aplicado em obras como galerias de drenagem, redes de esgoto e tubulações para passagem de cabos de energia e telefonia.

Na Avenida Santa Marina, a intervenção foi concluída em seis meses, metade do tempo que teria sido necessário com o método convencional. A tunnel liner também foi usada na Avenida Brasil para drenagem e em outras duas obras, demonstrando sua eficácia e versatilidade.

Outra abordagem inovadora foi o desenvolvimento de grelhas de polietileno para cobrir bocas de lobo e bueiros, em substituição às grelhas tradicionais, que são feitas de ferro e que são alvo constante de furtos e vandalismo.

Produzidas no mesmo material resistente utilizado na produção de caixas d'água, elas têm capacidade para suportar mais de 8 mil toneladas e possuem um sistema de fixação antifurto. Desde que o projeto teve início, há quatro anos, a Prefeitura já instalou cerca de 1 mil peças de polietileno, que estão sendo usadas principalmente para substituir grelhas furtadas, e todas elas permanecem em perfeito estado, demonstrando a eficiência do projeto.

A Prefeitura também passou a usar placas pré-moldadas de concreto sobre os poços de inspeção existentes nas vias públicas, que dão acesso às estruturas subterrâneas em que são feitos consertos e manutenções em sistemas de drenagem, gás e telefonia. A mudança, que está sendo realizada progressivamente, evita afundamento e desníveis comuns ao redor desses poços, especialmente em vias com tráfego intenso, trazendo mais segurança para a população e reduzindo custos de manutenção e reparos.

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