Patrícia Kogut
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GERADO EM: 27/06/2024 - 06:09

Série 'Cilada' com Bruno Mazzeo e Débora Lamm

A série 'Cilada' do Globoplay traz Bruno Mazzeo e Débora Lamm em sintonia perfeita, explorando situações cotidianas de um casal com leveza e humor. Os episódios divertidos e familiares abordam temas como terapia, conflitos familiares e desafios do casamento, garantindo entretenimento leve e descontraído.

Quinze anos se passaram desde que “Cilada” saiu do ar — a série foi exibida no Multishow e no Fantástico, e virou filme em 2011. Agora, dez novos episódios chegaram ao Globoplay.

Na ficção, os personagens centrais ressurgem casados há dez anos. A afinação entre Bruno Mazzeo (criador e ator protagonista) e Débora Lamm (que faz seu par) também parece ainda maior tanto tempo depois. Não é coincidência. Na vida real, outro novo projeto da dupla está levando grande público ao teatro, a peça “Gostava mais dos pais”. É Débora que dirige o espetáculo que Bruno estrela ao lado de Lúcio Mauro Filho. Prova de que o entendimento entre eles só amadureceu e se aprimorou.

Essa sintonia poderosa e genuína é a principal força motriz dessa produção.

“Cilada” acha sua graça em situações cotidianas banais vividas por um casal. Ela, portanto, se alimenta primor- dialmente de cumplicidade. E o laço que une os humoristas fora do ar se projeta na tela o tempo todo. Com isso, o público também é convidado a entrar naquela intimidade.

Os episódios têm pouco mais de 20 minutos, todos eles divertidos — uns mais, outros menos. O roteiro de Bruno e Rosana Ferrão aborda assuntos que atravessam o dia a dia de todos nós. O espectador se sentirá em casa. “Cilada” vem embalada por um clima de familiaridade.

A graça é extraída de situações breves e se encerram a cada capítulo. Não há um arco maior que avança: os protagonistas têm um casamento estabelecido e vivem pequenas crises naturais. Logo no início, Débora afirma a uma amiga que eles se amam e a separação está fora de cogitação. Não há terremotos, só pequenos abalos sísmicos prosaicos. Pelo menos, de saída é assim.

Os assuntos abordados vão de terapia a conflitos em grupos da família nas redes sociais. No caso, Débora tem um tio que agride Bruno com chavões esquerdofóbicos, sugerindo que ele “vá pra Cuba”. Há ainda uma obra interminável no banheiro, vizinhos que redecoram o hall com pinturas horrorosas, uma disputa por espaço na garagem, uma reunião de condomínio, uma tentativa de relação aberta e por aí vai.

Cilada/Pedroca Monteiro e Bruno Mazzeo — Foto: TV Globo
Cilada/Pedroca Monteiro e Bruno Mazzeo — Foto: TV Globo

A série sofre com o baixo orçamento. É tudo um pouco caseiro e cenários e figurinos mereciam maior investimento. Além disso, o recurso de usar “especialistas” (um antropólogo, um pitbull etc.) interpretados por Bruno para dissertar sobre os temas está gasto e poderia ter sido deixado para trás. Mas o talento dos protagonistas é só uma das compensações. Outro destaque são as participações. Thelmo Fernandes, Pedro Benevides e Pedroca Monteiro estão entre os que aparecem e brilham.

O espectador se identificará ora com Bruno, ora com Débora, ora com ambos. Como resume ele na chamadinha disponível na plataforma, trata-se de “um programa para ver no intervalo do almoço”. É diversão leve e garantida.

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