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Por O Globo e agências internacionais

RESUMO

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GERADO EM: 22/06/2024 - 04:00

NASA observará explosão estelar

A Nasa se prepara para observar a explosão de uma estrela a 3 mil anos luz de distância, prevista para ocorrer até setembro. O fenômeno é observável a cada 80 anos e será estudado com tecnologias recentes para extrair novos dados. A estrela, conhecida como T CrB, é um sistema binário que passará por uma reação termonuclear descontrolada, resultando em uma explosão visível a olho nu. A novidade será uma oportunidade única para os observadores de estrelas e cientistas estudarem o ciclo de vida das estrelas e processos estelares em declínio.

A Nasa se prepara para observar a explosão de uma estrela localizada a 3 mil anos luz de distância da Terra, no sistema T Coronae Borealis (T Crb), prevista para ocorrer até setembro. O evento costuma ser observável a cerca de cada 80 anos. Na última vez que ele ocorreu, em 1946, quase dez anos antes da criação da agência espacial americana, os cientistas ainda não tinham às mãos uma série de aparelhos científicos atuais, que irão permitir extrair novos dados do fenômeno.

Entre as tecnologias recentes que serão usadas no estudo da explosão estão as imagens de raios gama e o satélite IXPE, um observatório espacial que analisa a polarização de raios-x. O equipamento foi enviado ao espaço recentemente, em dezembro de 2021, em uma nave da SpaceX, de Elon Musk. "A combinação desses dados poderia oferecer uma visão sem precedentes sobre os ciclos de vida dos sistemas binários e os processos estelares em declínio, mas poderosos, que os alimentam", explica a Nasa, em nota divulgada neste mês.

Segundo a Nasa, o T CrB costuma ter magnitude +10, o que significa, de acordo com a escala usada pelos astrônomos para definir o brilho das estrelas, que ele é muito escuro para ser visto a olho nu. Durante o evento, porém, ele saltará para magnitude +2 e terá um brilho semelhante ao da Polaris, conhecida como Estrela do Norte. Para os observadores de estrelas da Terra, o evento astronômico será, conforme o astrofísico Bradley Schaefer, “um cataclismo divertido e emocionante”. A T Crb também é conhecida como Blaze Star (Estrela em chamas).

O T CrB é um sistema binário, composto por uma estrela gigante vermelha e uma anã branca. Com o aumento de temperatura e pressão, a gigante passa a se tornar instável e a ejetar suas camadas externas. A anã, por sua vez, coleta essa matéria em sua superfície. A atmosfera rasa e densa desta última eventualmente aquece o suficiente para causar uma reação termonuclear descontrolada — o que produz o fenômeno que vemos da Terra, chamado de “nova”.

— Essas novas são basicamente bombas de hidrogênio — disse Schaefer.

Imagem criada por um software de planetário demonstra como encontrar a Corona Borealis no céu — Foto: Nasa/Divulgação
Imagem criada por um software de planetário demonstra como encontrar a Corona Borealis no céu — Foto: Nasa/Divulgação

Mas não confunda uma nova com sua irmã mais violenta, a supernova, fenômeno muito mais raro e que destrói permanentemente uma estrela. Depois que as brasas de uma nova se apagam, o ciclo recomeça, com a anã branca novamente se enchendo em direção a outra explosão. No caso da supernova, as explosões marcam o fim da vida de estrelas muito maiores que o Sol e deixam para trás enormes nuvens de detritos. A explosão deverá ficar visível a olho nu por cerca de uma semana, segundo os cientistas.

"Normalmente, os eventos de novas são tão fracos e distantes que é difícil identificar claramente onde está concentrada a energia em erupção. Este estará muito próximo, com muitos olhares voltados para ele, estudando os vários comprimentos de onda e, esperançosamente, nos fornecendo dados para começarmos a desvendar a estrutura e os processos específicos envolvidos. Mal podemos esperar para ter uma visão completa do que está acontecendo", disse Elizabeth Hays, chefe do Laboratório de Física de Astropartículas da NASA Goddard.

O que é T CrB e quando ela vai explodir?

T CrB é uma nova que resulta quando uma anã branca arranca camadas externas suficientes de uma estrela gigante vermelha. A nova explodiu pela última vez em 1946. Os astrônomos também a observaram entrando em erupção em 1866, e relatos históricos mostram que ela foi avistada em 1787 e 1217. Observações anteriores também mostraram que a nova brilha e se agita de maneira errática nos anos que antecedem uma erupção, e parece que desta vez não é diferente: sua atividade ao longo da última década sugere que ela está se preparando para uma explosão iminente, que ocorrerá a qualquer momento entre agora e setembro.

Onde poderei ver o fenômeno?

Para observar a nova, é preciso procurar a constelação Corona Borealis, a Coroa do Norte. A explosão aparecerá nesta direção, e ficará visível como uma estrela nova e brilhante. A Corona Borealis é cercada pelas constelações Hércules e Bootes. Bill Cooke, líder do Escritório de Ambientes e Meteoroides no Centro de Voos Espaciais George C. Marshall da Nasa, ressaltou que esta é “uma ocorrência única na vida”.

— Com que frequência as pessoas podem dizer que viram uma estrela explodir? — disse. (Com New York Times)

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