Eleições EUA
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Por O Globo e agências internacionais — Washington

RESUMO

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GERADO EM: 26/06/2024 - 15:41

Eleitores em estados cruciais confiam mais em Trump do que em Biden para proteger democracia

Eleitores em estados decisivos confiam mais em Trump do que em Biden para proteger democracia, apontando desafios para o democrata. Pesquisa revela que 69% creem que Trump não aceitará derrota, enquanto 46% temem postura autoritária do republicano. Biden busca reforçar defesa das instituições democráticas, mas enfrenta desconfiança de parte dos eleitores. Trump lidera em seis estados cruciais para a eleição de novembro, apesar das tentativas do democrata em destacar ameaças à democracia.

Na véspera do primeiro debate entre os candidatos democrata, Joe Biden, e republicano, Donald Trump, à Presidência dos EUA, uma pesquisa levou más notícias à campanha do atual presidente. De acordo com a sondagem, a maioria dos eleitores em seis estados considerados decisivos confia mais em Trump do que em Biden para enfrentar ameaças à democracia. O tema é uma aposta do democrata para se sobressair na disputa, mas a mensagem parece não estar chegando ao eleitor da forma que ele deseja.

De acordo com a pesquisa, realizada pelo jornal Washington Post e pela Universidade George Mason, 44% dos eleitores dos seis estados decisivos acreditam que o ex-presidente republicano é mais capaz de defender os EUA de ameaças à democracia, enquanto 33% afirmam que Biden é mais apto. Para 7%, ambos são igualmente capazes, enquanto 16% dos entrevistados dizem não confiar em nenhum deles.

Foram ouvidos 3.513 eleitores registrados de Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin, estados onde Biden venceu em 2020, e que foram cruciais para que superasse Trump.

— [Os eleitores] acreditam que o Congresso e o sistema judicial vão proteger os EUA dos piores excessos do presidente Trump — afirmou ao Washington Post Justin Gest, professor de Política e Governo da Universidade George Mason. — Penso que caberá ao presidente Biden, nas próximas quatro semanas, reforçar que a democracia não é uma coisa que deva ser considerada como sempre garantida.

Desde a vitória sobre Trump em 2020, e após invasão do Capitólio liderada por trumpistas para tentar barrar a certificação dos resultados eleitorais, em janeiro de 2021, Biden tenta se consolidar como o defensor das instituições democráticas nos Estados Unidos, acusando o rival de querer levar o país rumo a uma ditadura. Segundo a pesquisa, 46% dos entrevistados acreditam que o republicano tentará ser um líder autoritário caso retorne ao cargo — entre os trumpistas, o percentual é de 4%, e a maioria diz acreditar que a democracia permanecerá intacta, não importa quem esteja no comando do país.

Em discursos, o democrata tem citado que Trump jamais reconheceu a derrota há quatro anos, não se comprometeu em aceitar os resultados em novembro e tem feito acenos constantes às centenas de pessoas presas após a invasão do Capitólio, com promessas de conceder perdão caso seja eleito. Além disso, o presidente alerta para as ameaças de Trump de perseguir seus adversários, inclusive usando os poderes do Estado.

Os argumentos não parecem convencer tantos americanos como Biden gostaria. A maior parte dos entrevistados que declararam voto em Trump (76%) se diz insatisfeita com o funcionamento da democracia, e considera os processos enfrentados pelo republicano atos de perseguição política para tirá-lo das cédulas, replicando argumentos do ex-presidente. Sobre as eleições, 78% dos trumpistas dizem não acreditar na lisura do processo. Entre os apoiadores de Biden, o número sobe para 94%.

— Muitos americanos não reconhecem o papel de Biden como guardião da custódia de nossa democracia, e isso é um mau sinal para a campanha — afirmou Gest.

Em um outro recorte, os pesquisadores separaram os eleitores que chamaram de “decisivos”: que não têm um histórico ligado a um dos partidos, que não são assíduos em disputas presidenciais, que mudaram de opinião entre 2016 e 2020 e que hoje se declaram indecisos. Em disputas acirradas, como a que se espera para novembro, a derrota ou a vitória de Biden e Trump passará por eles.

Ao serem questionados sobre a defesa da democracia, 38% dizem que Trump é o mais apto para a função, enquanto 29% citam Biden. Ambos são rejeitados por 23% e considerados equivalentes por 10%. Sobre a lisura do processo eleitoral, apenas 52% dos eleitores "decisivos" confiam totalmente.

Um ponto sobre o qual parece haver algum tipo de consenso é se Trump vai ou não aceitar uma derrota. Para 69% dos entrevistados, ele não reconhecerá a vitória de Biden, número que sobe para 73% entre os eleitores decisivos. Entre os que indicaram voto no democrata, o percentual é de 98% — entre os trumpistas, o percentual é de 37%.

A pesquisa tem margem de erro de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos, e foi realizada entre os dias 15 de abril e 30 de maio.

A campanha de Joe Biden sabe que o caminho para a vitória em uma eleição novamente dividida passa pelos seis “estados pêndulo”, que não têm uma tendência definida nas últimas votações, e as perspectivas não são positivas. Na semana passada, uma pesquisa do instituto Ipsos mostrou Trump à frente nestes seis estados, e a média das sondagens elaborada pelo site Real Clea Polling aponta vantagem de até quatro pontos percentuais para o republicano em alguns deles, como Nevada. Em 2020, Biden venceu no estado com 50,1% dos votos, 2,4 pontos percentuais a mais do que Trump.

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