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O ritmo da opinião pública

Informações da coluna

Vera Magalhães

Jornalista especializada na cobertura de poder desde 1993. É âncora do "Roda Viva", na TV Cultura, e comentarista na CBN.

Pablo Ortellado

Professor de Gestão de Políticas Públicas na USP

Por — Rio de Janeiro

RESUMO

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GERADO EM: 18/06/2024 - 13:44

Quaest: Paes lidera intenções de voto no Rio

Pesquisa da Quaest mostra Paes liderando as intenções de voto para prefeitura do Rio, com Ramagem e Motta empatados. Bolsonaro influencia apoio a candidatos. Indecisos abrem cenário para segundo turno. Amorim e Queiroz aparecem com menor percentual. Paes cogita concorrer ao governo em 2026.

Após a divulgação da primeira pesquisa Quaest sobre as eleições municipais do Rio de Janeiro, o GLOBO procurou os cinco pré-candidatos listados na amostra, que deram suas impressões acerca do cenário eleitoral. Segundo o levantamento, divulgado na manhã desta terça-feira, o prefeito Eduardo Paes (PSD) lidera com 51% das intenções de voto estimuladas, ou seja, quando é apresentada uma lista de disputantes. Procurado, Paes preferiu não comentar.

Os principais adversários do prefeito que o sucedem na amostra aparecem em empate técnico, uma vez que a margem de erro é de 3 pontos percentuais — os deputados federais Alexandre Ramagem (PL), com 11%, e Tarcísio Motta (PSOL), com 8%.

Numericamente em segundo lugar, o nome do PL na cidade carioca disse receber com entusiasmo o resultado das suas intenções de voto e cita o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como determinante. Segundo a Quaest, quando o aval de Bolsonaro é citado, as intenções de voto para o deputado chegam a 29%.

Pesquisa Quaest para disputa do Rio — Foto: Arte / O Globo
Pesquisa Quaest para disputa do Rio — Foto: Arte / O Globo

A alta não se concretiza para Paes, que tem o apoio do presidente Lula (PT). Quando mencionado, o prefeito oscila para baixo: passa de 51% para 47%. Os índices mostram que a presença do petista não contribui para aumentar as intenções de voto do postulante à reeleição.

— Temos tudo para crescer com o início da campanha, com Bolsonaro mostrando apoio a minha candidatura. Vamos conseguir agregar esse eleitor que está completamente insatisfeito com Lula e também com a forma de Paes governar — diz Ramagem.

Peso dos padrinhos, segundo a Quaest — Foto: Arte / O Globo
Peso dos padrinhos, segundo a Quaest — Foto: Arte / O Globo

Numericamente em terceiro lugar, Tarcísio Motta cita a pesquisa espontânea, quando não são apresentados os nomes dos concorrentes, como um balizador. Nela, Paes tem 12% das intenções de voto e 81% dos eleitores cariocas se dizem indecisos.

— Com 81% de indecisos, o cenário está totalmente aberto e indica que essa é uma eleição de dois turnos. A grande questão é: quem vai pro segundo turno contra o Paes. A pesquisa mostra que, nessa corrida, a tarefa é tirar o bolsonarismo do segundo turno e só nossa candidatura é capaz disso — afirma o pré-candidato do PSOL.

Pesquisa Quaest esppontânea (sem lista de nomes) — Foto: Arte / O Globo
Pesquisa Quaest esppontânea (sem lista de nomes) — Foto: Arte / O Globo

Em quarto lugar na pesquisa está o deputado estadual Rodrigo Amorim (União Brasil) com 4% das intenções de voto. Apesar de não ser o nome de Bolsonaro, Amorim tem identificação com o ex-presidente. Ao GLOBO, Amorim disse que Paes tem uma tendência de declínio.

— Defendo a formação de uma frente de centro-direita para enfrentar o preposto de Lula no Rio. A partir de agora o atual prefeito vai ladeira abaixo. Os debates vão se intensificar. O Rio está um caos e a verdade prevalecerá.

O deputado federal Marcelo Queiroz (PP) aparece com 2% e, assim como Tarcísio, cita a espontânea como um balizador:

— Na pesquisa espontânea o prefeito aparece com apenas 12% e muitos não sabem que ele quer largar a prefeitura pra concorrer ao governo do estado. Acredito que vamos crescer muito no voto carioca, com toda atenção focada em propostas para a nossa cidade. Seremos a única candidatura que não servirá à disputa cansada de Lula e Bolsonaro.

Em sua declaração, Queiroz cita o plano de Paes em concorrer novamente ao governo do estado em 2026. Neste contexto, o prefeito teria que renunciar seu mandato em março deste ano, faltando dois anos para a conclusão.

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