Nhoque frito; pirarucu de manejo sustentável; escargôs frescos; carnes exóticas, como a do cabrito; bolo de mel com smetana, um creme azedo russo; receitas com calda de mel de rosas; raiz de lótus e folhas de limão kaffir, comuns na Ásia. Ingredientes exclusivos dão sabor e textura a receitas que fazem sucesso nos cardápios da Zona Sul do Rio.
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Com óleos essenciais que acrescentam aroma cítrico e perfumam sem adicionar acidez, as folhas frescas do limão kaffir, fundamentais na culinária tailandesa, são difíceis de serem encontradas no Rio. Tanto que a chef Ana Carolina Garcia, do Càm O'n Thai Food, resolveu cultivar mudas da planta para garantir a produção dos curries especiais da casa e a finalização de pratos como o crudo thai de atum.
Matéria-primas exóticas que merecem destaque
— O limão kaffir não é utilizado na cozinha, é muito amargo. Mas as folhas frescas, saborosas e aromáticas, são raras. Por isso o preço equivale ao das trufas brancas, caríssimas. Cultivar as mudas foi um investimento certeiro —, explica a chef, que começou com oito mudas e atualmente tem quinze em casa, além dos pés que ficam nas duas unidades do Càm O'n, na Barra e em Botafogo.
Seja na apresentação ou na mistura, todos os doces servidos no Amir, em Copacabana, têm entre os ingredientes a calda de mel de rosas artesanal da casa. Aromatizada numa imersão de pétalas de rosas frescas com água de laranjeira, casca de laranja e cardamomo, a calda faz sucesso em doces como o ataife, espécie de crepe, e o belewa, folhado recheado com nozes e pistache (R$ 12).
O chef Itamar Araújo, do Elena, também utiliza ingredientes raros em suas criações. Um deles é a raiz de lótus, famosa na Ásia. Na casa do Jardim Botânico o vegetal pode ser encontrado no Black Cod marinado no missô (R$ 172) e na vieira grelhada no molho X.O.
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