Entre as demandas feitas pelo comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope) ao Comando de Operações Especiais da PM no fim de maio está a compra de 200 macacões novos. Com as peças nas cores pretas, e com tamanhos entre o M e o EG, o pedido, assinado pelo coronel Aristheu de Góes Lopes é justificado para restringir o uso de fardamento policial, "evitando a ação de marginais que buscam utilizar uniformes policiais para dificultar o trabalho realizado" pelo Bope.
Segundo o documento, essa renovação melhoraria as condições de proteção dos policiais, já que as fardas usadas pela Companhia de Intervenções Táticas, acionada em situações de crise, "apresentam grandes desgastes decorrentes do tempo de vida e uso diário" em operações não só em áreas urbanas, mas enfrentando matas, ou terrenos com lama.
Resistente ao fogo e à abrasão, o uniforme preto (usado em crises com reféns) teria ainda oito bolsos, distribuídos entre pernas, coxas, braços e mangas. O texto afirma ainda que a padronização evita que policiais militares, que recebem uma calça e uma gandola (farda) da PM, comprem "modelos diferentes daqueles usados pela corporação, destoando do padrão e sendo por vezes confundidos com grupos paramilitares".
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As compras também incluem oito drones, para mapear terrenos e levantar informações sobre criminosos, ou 300 capacetes balísticos, para "minimizar" riscos para os agentes. Na lista de demandas há ainda a compra de 12 furgões e dois micro-ônibus, para reforçar a frota, e de armamento, com 210 fuzis e 50 submetralhadoras.
Em nota, a Polícia Militar explica que as formalizações de demandas têm “cunho institucional”, norteando procedimentos licitatórios de investimentos e aquisições futuras. “Nesse cenário, os comandantes possuem como atribuição avaliar constantemente as necessidades de suas unidades e pontuar possíveis aquisições, déficits, substituições e realinhamentos, fundamentando assim as necessidades mencionadas nas demandas, sempre visando a melhoria dos serviços prestados", informa a corporação. A PM ressalta ainda que “não há déficit de armamento, fardamento, viaturas e nenhum aparato logístico para a atuação das equipes” do Bope atualmente.
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