Medicina
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Por O GLOBO — São Paulo

RESUMO

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GERADO EM: 24/06/2024 - 12:29

Riscos de Demência em Medicamentos para Dormir

Estudo da UCSF revela que medicamentos para dormir aumentam risco de demência, com destaque para benzodiazepínicos. Tipo e frequência de uso influenciam, especialmente em pacientes brancos. Recomenda-se cautela ao considerar esses remédios, priorizando terapias alternativas como a TCC-i.

Um estudo publicado na revista científica Journal of Alzheimer’s Disease mostrou que os medicamentos para dormir aumentam o risco de demência. Pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF), nos Estados Unidos, descobriram que o tipo e a quantidade do medicamento interferem no risco.

Por exemplo, s participantes brancos que “frequentemente” ou “quase sempre” tomaram medicamentos para dormir tiveram uma chance 79% maior de desenvolver demência, em comparação com aqueles que “nunca” ou “raramente” usaram remédios com essa finalidade. Entre os participantes negros – cujo consumo de soníferos era marcadamente menor – os usuários frequentes tinham uma probabilidade semelhante de desenvolver demência daqueles que se abstinham ou raramente usavam os medicamentos.

Além da frequência, o tipo de medicamento consumido também parece interferir no risco, de acordo com os pesquisadores. O estudo concluiu que pessoas brancas tinham quase duas vezes mais probabilidade de usar benzodiazepínicos, como Halcion (triazolam), Dalmadorm (flurazepam) e Restoril (temazepam), prescritos para insônia crônica.

Essas pessoas também tinham 10 vezes mais probabilidade de tomar Donaren (trazodona), um antidepressivo que também pode ser prescrito como sonífero e sete vezes mais probabilidade de tomar “drogas Z”, como o zolpidem, um sedativo-hipnótico.

Embora estudos futuros possam oferecer clareza sobre os riscos cognitivos ou recompensas dos medicamentos para dormir e o papel que a raça pode desempenhar, os pacientes com sono insatisfatório devem hesitar antes de considerar os medicamentos, de acordo com a primeira autora Yue Leng, do Departamento de Psiquiatria e Ciências do Comportamento da UCSF e do Instituto Weill de Neurociências da UCSF.

“O primeiro passo é determinar com que tipo de problemas de sono os pacientes estão lidando. Um teste de sono pode ser necessário se a apneia do sono for uma possibilidade”, disse ela. “Se a insônia for diagnosticada, a terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-i) é o tratamento de primeira linha. Se for usada medicação, a melatonina pode ser uma opção mais segura, mas precisamos de mais evidências para compreender o seu impacto a longo prazo na saúde.”, completa.

O novo estudo é continuação de um trabalho anterior que mostrou que pessoas negras têm maior probabilidade do que as brancas de desenvolver Alzheimer, o tipo mais comum de demência, e que apresentam diferentes fatores de risco e manifestações da doença. No estudo atual, cerca de 3 mil idosos sem demência, que viviam fora de lares de idosos, foram acompanhados durante nove anos, em média. Destes, 58% eram brancos e 42% eram negros. Ao longo do período analisado, 20% desenvolveram demência.

Os pesquisadores descobriram que as pessoas brancas tinham três vezes mais probabilidade do que as pessoas negras de tomar medicamentos para dormir “frequentemente” ou seja, cinco a 15 vezes por mês, ou “quase sempre”, ou 16 vezes por mês a diariamente.

A renda é outro fator que pode desempenhar um papel na demência. Segundo Leng, os participantes negros que têm acesso a medicamentos para dormir podem ser um grupo seleto com alto nível socioeconômico e, portanto, maior reserva cognitiva, tornando-os menos suscetíveis à demência.

Insônia

Cerca de um terço dos adultos em todo o mundo afirmam que às vezes têm dificuldade para adormecer ou continuar dormindo. Diante de muitas noites sem dormir, muitas pessoas recorrem aos medicamentos para encontrar tranquilidade temporária, que incluem desde anti-histamínicos de venda livre que podem funcionar como sedativos até medicamentos aprovados especificamente para dormir, como os benzodiazepínicos e as "drogas Z".

O problema é que os mais usados estão associados a efeitos colaterais. Por exemplo, os benzodiazepínicos foram ligados a quadros graves de dependência e de déficit cognitivo a longo prazo. Já as drogas Z, como o famoso zolpidem, está associado tontura, dor de cabeça, amnésia, sonambulismo, agitação e alucinação quando utilizado por muito tempo e em altas doses.

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