Com lata e logística, Cajuína São Geraldo quer conquistar todo o NE
Tipicamente nordestino, do caju tudo se aproveita. Da castanha, que é a verdadeira fruta, extrai-se a amêndoa. Do pedúnculo floral, amarelo ou vermelho, obtém-se a “carne” que pode ser consumida em natura, como doce ou transformada em suco. É com 5% do sumo do pseudofruto do Anacardium occidentale que a São Geraldo, indústria sediada na terra do Padre Cícero, prepara o refrigerante que disputa o mercado com colas, laranjadas e guaranás no Ceará e pretende conquistar toda a região, em garrafas PET e de vidro e agora em lata
Sem esperar por milagres, mas com marketing e logística, a empresa quer ampliar mercado para vender a bebida que terá aumento de 21% de produção neste ano. A estratégia é primeiro desembarcar com força em Pernambuco, o principal mercado consumidor de bebidas à base de água, suco ou xarope, açúcar e gás carbônico, além de conservantes e acidulantes. “Pernambuco é um estado muito importante no Nordeste para este mercado de refrigerantes”, reconhece Tamostênio Rodrigues, gerente de vendas da Cajuína São Geraldo
Fundada em 1976, a São Geraldo tem um parque industrial de 33 mil metros quadrados na cidade de Juazeiro do Norte, no Cariri cearense, com cerca de 600 funcionários. Também conta com um centro de distribuição em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, para atender desde grandes redes de supermercados até pequenas mercearias com as garrafas verdes, principalmente as plásticas de dois litros, que trazem no rótulo o destaque da quantidade de suco natural
Com as latas de 350 ml que passaram a integrar o portfólio desde dezembro, novos mercados (como redes de restaurantes) e grupos de consumidores podem ser seduzidos pelo chamativo slogan de “O sabor do Nordeste”. A empresa estuda a forma de como vai distribuir melhor suas bebidas – ela também produz os sabores laranja, guaraná e uva – em Pernambuco, que também é considerado estratégico para a logística em todo o Nordeste
Tamostênio Rodrigues não revela se a empresa vai instalar um novo Centro de Distribuição, desta vez na Região Metropolitana do Recife, ou vai investir em parcerias com distribuidoras locais. “Precisamos estar mais próximos fisicamente deste mercado, mas ainda estamos estudando o modelo”, disse o gerente de vendas. De sua fábrica em Juazeiro e do CD de Maracanaú, a Cajuína São Geraldo conta atualmente com uma frota de 36 veículos para fazer as entregas
Somente no ano passado, a São Geraldo produziu 66 milhões de litros de refrigerantes, utilizando 4 milhões de suco de caju neste processo. De acordo com Tamostênio Rodrigues, a meta é atingir, em 2024, 80 milhões de litros. Além de ampliar a sua distribuição no Nordeste, a empresa conta com nichos de consumo no Rio De Janeiro, São Paulo e Brasília, principalmente de comerciantes que abastecem com produtos regionais as famílias de migrantes para estes estados.
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Diretor Logistica Seara
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