A última semana marcou a criação do Conselho de Inteligência Artificial e Sociedade (CIAS - https://bit.ly/4b2ASk5), uma iniciativa liderada pela Associação Brasileira de Internet (ABRANET) e o Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS). Como conselheiro desta nova entidade, estou confiante de que podemos alcançar o melhor da Inteligência Artificial (IA) por meio de um processo participativo que integre governo, empresas, academia e sociedade civil em uma ampla consulta pública. Essa consulta visa definir nossas ambições para a IA no Brasil e estabelecer a melhor abordagem para sua regulamentação.
O CIAS conta com figuras proeminentes como Carol Elizabeth Conway, Presidente da Abranet; Carolina Strobbel, Sócia Fundadora da Antler no Brasil; e Daniel Marques, Diretor da AB2L. Completam o grupo Leandro Machado, Cofundador da CAUSE; Luana Génot, Diretora Executiva do ID_BR – Instituto Identidades do Brasil; Mariana Caetano, CEO da SALVA; Natalie Unterstell, Presidente do Instituto Talanoa; Nathalia Arcuri, Fundadora da Me Poupe!; Priscila Cruz, Cofundadora do Todos Pela Educação; Ronaldo Lemos, cientista-chefe do ITS; Sidney Klajner, Presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein; Sergio Branco, Diretor de educação do ITS; e Virgilio Almeida, professor emérito da UFMG e associado ao Berkman Klein Center da Universidade de Harvard.
A urgência da consulta pública é amplificada pelo rápido avanço rumo à regulamentação da IA no Brasil. Atualmente, o Senado analisa o PL 2338/2023, que, inspirado no AI Act europeu, propõe a classificação do uso da tecnologia em níveis de risco, em vez de seus produtos. A profundidade das discussões necessárias é evidenciada pela recente manifestação de 26 organizações de diferentes setores, incluindo artes, imprensa e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que pleiteiam a inclusão de cláusulas sobre direitos autorais na nova legislação.
Não estamos apenas testemunhando uma transformação extraordinária de nossa capacidade tecnológica; estamos na vanguarda de uma nova era de cognição humana, a transinteligência. Essa nova fase se caracteriza pela simbiose entre a inteligência humanos e a inteligência artificial. A democratização do acesso à transinteligência é fundamental para que a IA Generativa promova o bem comum, garantindo que o desenvolvimento e o uso dessas tecnologias respeitem os valores humanos e contribuam para a transmissão de conhecimento entre gerações, sem simulacros (algo que falei neste post - https://bit.ly/448Hqv8). Este é, sem dúvida, nosso novo imperativo ético e sustentável. A garantia do Direito à Realidade.
#IA #AI #Transinteligência #DireitoàRealidade #AIAct #regulamentação #leis #inteligênciaartificial #ParticipaçãoSocial