Transformação no Modelo de Remuneração em Saúde no Brasil: Caminho para um Futuro Sustentável
O modelo de remuneração por serviço (fee-for-service) predominante na saúde brasileira, que paga por cada procedimento realizado, tem se mostrado ineficiente. Ele incentiva a quantidade de serviços em vez da qualidade, resultando em desperdício de recursos e custos elevados. Muitos casos envolvem pedidos desnecessários de exames, cateterismos e uso excessivo de antibióticos, o que não só aumenta os custos, mas também expõe os pacientes a riscos desnecessários.
Agência Nacional de Saúde Suplementar (#ANS) tem liderado a discussão sobre alternativas para substituir esse modelo, promovendo um sistema mais sustentável e focado na qualidade do atendimento.
Alternativas Propostas pela ANS:
1. Pagamento por Desempenho (Pay-for-Performance, P4P): Remunera os prestadores com base em indicadores de desempenho e qualidade. Esse modelo incentiva a melhoria contínua dos serviços e a satisfação do paciente.
2. Capitation: Um pagamento fixo por paciente, independente dos serviços prestados. Esse modelo promove a eficiência e a gestão proativa da saúde do paciente.
3. Pacotes (Bundles): Remuneração por condição de saúde ou episódio de cuidado, agrupando todos os serviços necessários para tratar uma condição específica. Esse modelo incentiva a coordenação e a integração dos cuidados.
4. Grupos de Diagnósticos Relacionados (DRG): Pagamento baseado na classificação dos pacientes em grupos homogêneos de diagnósticos, promovendo a eficiência e a redução de variações indesejadas nos cuidados.
Modelo que vejo ser o mais adequado: Pagamento por Desempenho (P4P)
Dentre as opções, o modelo de pagamento por desempenho (P4P) é o mais indicado para o Brasil no cenário atual. Ele equilibra a necessidade de controlar custos com a promoção da qualidade e eficiência no atendimento. Implementar o P4P pode ser um desafio, mas é viável com planejamento e adesão gradual.
Implementação Sem Impacto Negativo:
1. Fase Piloto: Iniciar com projetos-piloto para testar e ajustar o modelo antes de uma adoção ampla, minimizando riscos e identificando melhorias necessárias.
2. Tecnologia e Informação: Investir em tecnologia para monitoramento e avaliação de desempenho, garantindo a coleta e análise de dados precisos e em tempo real.
3. Educação e Capacitação: Treinar e capacitar gestores e profissionais de saúde sobre os novos modelos e sua importância, fomentando uma cultura de qualidade e eficiência.
4. Transparência e Comunicação: Manter uma comunicação transparente com todos os stakeholders, explicando os benefícios e os processos envolvidos na transição para novos modelos de remuneração.
A mudança para modelos de remuneração baseados em valor é essencial para garantir um sistema de saúde mais sustentável e focado no paciente.
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Gestor Hospitalar /Coaching e Liderança em Gestão de Pessoas .
1 mExtrema importância, avaliar característica de cada instituição não existe fórmula única.