A produção mundial de alimentos é baseada na monotonia dos cultivos agrícolas e das espécies e raças na produção de carnes. Por conta disso, 75% da nossa alimentação se concentra em apenas seis produtos: batata, arroz, trigo, milho, soja e cana-de-açúcar. Mesmo na Amazônia, região que apresenta a maior biodiversidade do mundo e possui um potencial extraordinário de oferta de novos produtos, predomina essa monotonia alimentar e cresce a presença dos ultraprocessados (que são mais baratos) na dieta da população. Essa realidade é analisada no artigo “Diversidade na Produção Agrícola para uma Alimentação Saudável e Sustentável”, produzido pela Cátedra Josué de Castro (Faculdade de Saúde Pública da USP) para o G20. De acordo com o trabalho, o cenário mundial de monotonia alimentar provoca problemas de saúde e impactos sobre o meio ambiente, cujos custos já foram estimados pela ONU (United Nations) em valor superior ao dobro do valor do consumo alimentar global. Em entrevista à Rádio USP, o professor Ricardo Abramovay, que assina o artigo ao lado de outros cinco pesquisadores, explicou que a superação da fome e a melhoria dos padrões alimentares dependem também da mudança desse sistema, tendo como vetor fundamental a diversidade e a luta pela diversificação, tanto da agropecuária como da alimentação. Baixe o documento completo no site da Concertação: https://lnkd.in/daYJ-CZd #umaconcertacaopelaamazonia #amazonconcertation #concertacaoamazonia #alimentacao #paratodosverem
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bioeconomia circular | design | inovação
7 mEnquanto a produção de alimentos for vista como um negócio com o único objetivo de lucro financeiro, a produção em escala com padronização extrema vai continuar impondo a monotização das dietas. Essa tendência pode ser vista claramente na configuração econômica que se forma atualmente na Amazônia, onde apesar de existirem, pelo menos, 36 cadeias locais, apenas quatro estão recebendo fomento para desenvolvimento.