Sobre o esvaziamento de demandas por programador júnior que vem sendo observado A contratação de um programador júnior é um processo complexo e deve ser visto de forma estratégica assim como qualquer contratação. Penso que essa contratação só é realmente viável em duas situações específicas. Primeiro, se a empresa dispõe de um programador mais experiente para ajudar no processo de análise e desenvolvimento, acompanhando o júnior nas suas tarefas. Segundo, se a empresa tem uma estrutura madura de desenvolvimento, incluindo documentação robusta, processos de pull request, testes unitários, análise técnica e versionamento bem definidos. Nesse caso, o programador júnior pode trabalhar de forma mais independente, já que a empresa possui mecanismos para garantir a qualidade do software. No entanto, cada uma dessas alternativas tem seus desafios. No primeiro cenário, o custo pode ser maior do que simplesmente contratar um programador pleno, que necessita de menos acompanhamento técnico e se adapta mais rapidamente às regras de negócio e padrões do sistema. Não colocar alguém acompanhando com certeza vai gerar muita dor de cabeça mais tarde. No segundo cenário, muitas empresas brasileiras que trabalham com TI não são originalmente de TI e mesmo que sejam, pode ser que ainda não possuem uma metodologia de desenvolvimento de software madura em todas as fases do processo. Isso pode ocorrer por diversos motivos, incluindo a falta de recursos ou prioridades diferentes. Dessa forma, há uma grande demanda por profissionais de nível pleno ou sênior, enquanto a procura por programadores júnior está diminuindo. Esta é a realidade do mercado atualmente, e acredito que uma mudança significativa a curto prazo seja muito difícil.
Publicação de Elton Almeida
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🚀 Curioso para saber se você já não é mais um programador júnior? Confira meu novo artigo onde compartilho sinais que indicam sua evolução na carreira de desenvolvimento de software! DIO Victor Haruo
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Investir em Desenvolvedores Jr e treiná-los pode ser vantajoso para a empresa por várias razões: 1)Custo-efetividade: Contratar Desenvolvedores Jr geralmente é mais barato do que contratar profissionais experientes. 2)Cultura da empresa: Desenvolvedores Jr podem ser moldados de acordo com a cultura e os processos da empresa desde o início, criando uma equipe coesa e alinhada. 3)Habitualidade: Desenvolvedores Jr estão abertos a aprender e se adaptar, o que pode resultar em maior flexibilidade e capacidade de evoluir com as necessidades da empresa. 4)Longo prazo: Ao investir no desenvolvimento profissional dos juniores, a empresa cria uma reserva de talentos para o futuro, reduzindo a dependência de contratações externas caras. 5)Inovação: Novos Desenvolvedores trazem perspectivas frescas e ideias inovadoras para a equipe, impulsionando a criatividade e a resolução de problemas.
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Momento desabafo! Eu tenho total ciência de que sou desenvolvedora júnior! Sei que consigo realizar algumas demandas sozinha, mas que preciso de um desenvolvedor pleno ou sênior para tirar minhas dúvidas. Sabe quando você fez toda a estrutura do código, sabe que está no caminho certo, mas tem alguma coisa te travando? Aquele "empurrãozinho" que o pleno e o sênior podem dar... como é difícil encontrar empresas que entendam isso, que tenham um tech lead que realmente tenha empatia, te ajude e te desenvolva. Como é difícil encontrar desenvolvedores com mais tempo de experiência e conhecimento, com tempo livre para te ajudar. Às vezes, o que falta para crescer não é somente talento ou vontade, mas oportunidades e conexões que nos permitam evoluir e descobrir nosso verdadeiro potencial. E isso só é possível com ambientes mais colaborativos, onde o crescimento é mútuo, e o aprendizado é parte do processo para todos, independentemente do nível de experiência.
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Esses dias escrevi sobre tentar vagas não júnior e ir direto para de pleno. E alguns colegas me perguntaram como fazer isso... Talvez uma ideia boa seja pegar códigos de outras pessoas no Github que você não entende, fazer um fork, e começar a corrigir e fazer updates por ali, com o código bugado que está lá... Trabalhar em equipe... Montar alguma equipe de estudos para se juntar e fazer projetos com cara de algo real... Treinar soft skills... Deixar o github menos com cara de acervo/portfolio de projetos abandonados com fachada bonitinha, e transformar em uma coisa viva. Corrigir os bugs e melhorar a macarronada alheia. É isso que se faz de verdade em uma empresa, então é bom treinar para isso. 🤗
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Cada nível de senioridade tem suas responsabilidades dentro de uma equipe de desenvolvimento. O problema é que os devs não sabem disso, a gestão da empresa também muitas vezes também não. Então, quando ninguém sabe, define por tempo de experiência. Ainda há um pensamento enraizado que o valor do desenvolvedor é pela rapidez de sua entrega. Esse é um pensamento muito arcaico para se ter em 2024. De que saber codar é codar rápido. Igual a quem pensa que produtividade é produzir muito em pouco tempo. 😩 Eu já vi pessoas que pensam que sênior é o cara f*da que faz um projeto sozinho em 15 dias. E daí vem a ideia de contratar um sênior para resolver os problemas perversos de um projeto, ou entregar rapidamente um projeto que está empacado há muitos meses. O problema do atraso em um projeto quase nunca está ligado ao nível de senioridade ou competência dos desenvolvedores, mas a um mal planejamento, prazos curtos para muitos requisitos, excessos de requisitos desnecessários, má organização na escolha da equipe, etc... Ou seja, está na própria gestão do projeto. Da mesma forma, o Júnior muitas vezes é visto como um dev fraco, que não trás retorno financeiro e isso também é um pensamento errado. As senioridade não é só definida por tempo de experiência, mas por complexidade técnica. Tem muito dev pleno fazendo trabalho de sênior sem ser promovido e não sabe. Ou seja, cada nível mais alto, mais responsabilidades, as tarefas são mais complexas, mais soluções que trazem e maiores também os requisitos, por isso o salário também é maior. Em muitos processos seletivos a senioridade não é respeitada. Pedem requisitos para um trabalho de sênior para júnior, do inverso eu também já vi muito.
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Desenvolvedor Sênior Para muitos apenas o tempo de trabalho, irá lhe levar de um estagiário, para um júnior. De um júnior para um pleno. De um pleno para um sênior. Sim, o tempo é importante, desde que você tenha participado de diversas equipes e que resolveram diversos problemas através do desenvolvimento de sistemas, mas o tempo não é tudo para dizer qual é o nível de um desenvolvedor e sim a experiência em solucionar problemas lógicos e de negócios. O que irei dizer aqui, também não é uma regra escrita na pedra, mas é uma forma de ver este cenário: Onde um desenvolvedor júnior normalmente resolve problemas simples com codificação complexa, enquanto um desenvolvedor sênior resolve problemas complexos com codificações simples. Entender profundamente uma linguagem não lhe transforma em um desenvolvedor sênior e sim um especialista naquela linguagem apenas. Ser sênior é: - Entender e Compreender o Negócio; - Fazer perguntas objetivas e claras, para obter respostas também objetivas e claras; - Saber ensinar os mais novos e colaborar com os mais experientes (aqui encaixa tanto os plenos quanto os sêniores) - Conhecer a linha do tempo da solução Enfim, conhecer a linguagem é apenas uma das características de um verdadeiro sênior. Ainda não é sênior, a minha dica é: comece a aprender mais a respeito do negócio do que do código; comece a aplicar mais a lógica computacional, transformando problemas em soluções. E para você, o tempo ainda é o único fator a ser levado em conta para lhe dizer em qual nível você está? 🤔
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Sempre recomendo para quem quer virar programador não escolher uma frente para se especializar e ir para o caminho de fullstack, aqui estão alguns motivos: - Para júnior vejo muito mais vagas generalistas(até pq ninguém espera um especialista sem experiência). - Criação de um portfólio mais completo e chamativo. - Acho importante ter a visão macro de como um sistema funciona. - Vejo muita gente já querendo escolher entre front e back sem ao menos ter feito nada em nenhuma das frentes.(No começo da minha carreira fiz isso e ia para o front, mas acabei descobrindo que curto muito mais back) E se você discorda, tô curioso para saber o que você acha ser mais produtivo para um iniciante
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Conquistar o primeiro trabalho como desenvolvedor de software está sendo desafiador, mas confio que com dedicação iremos conseguir. Não desanime com as rejeições, cada tentativa é uma oportunidade de crescimento. Persistência e preparação abrirão portas. Boa sorte a todos nos desenvolvedores Junior! #DesenvolvimentoDeSoftware #PrimeiroEmprego #CarreiraTI #Tecnologia #Programação #Desenvolvedores #AprendizadoContínuo #ComunidadeTech #Empregabilidade #DesenvolverJunior
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Da série: As lições que não aprendemos na faculdade e o desafio de um programador júnior no mundo real. Hoje quero compartilhar uma experiência que, acredito, muitos programadores juniores vão se identificar. Recentemente, enfrentei um desafio que foi um verdadeiro teste de paciência e aprendizado: fazer o deploy de um projeto em Angular no GitHub Pages. Na faculdade, aprendemos muito sobre lógica de programação, estruturas de dados e até mesmo frameworks populares. Mas, infelizmente, muitos cursos deixam de lado uma parte crucial do trabalho real de um desenvolvedor: o deploy e os desafios que ele traz. É nessa hora que enfrentamos conflitos inesperados, incompatibilidades e aquela sensação de estar perdido. No meu caso, o projeto estava em Angular 15, e para atualizar para a versão 18, tive que passar por cada versão intermediária. Isso porque o framework tem uma prerrogativa de atualização gradual. Parece simples na teoria, mas na prática, foi necessário resolver conflitos em dependências, ajustar configurações e atualizar componentes que já não eram mais compatíveis com as versões mais novas. A cada comando de ng update, surgiam novos desafios, erros para resolver e configurações para ajustar. Isso sem falar na tensão de não "quebrar" o projeto no meio do caminho! Ao final, consegui atualizar tudo, publicar o projeto e ver o site funcionando. Foi uma vitória pequena, mas significativa. Essa experiência me ensinou muito sobre o que significa realmente trabalhar com tecnologia no mundo real: a faculdade não prepara você para isso. Mas a persistência, a curiosidade e a busca por aprendizado contínuo, sim. Cada erro que encontrei foi uma oportunidade de crescer como desenvolvedor. Para quem está começando, meu conselho é: enfrente os desafios de cabeça erguida. Faça perguntas, busque soluções e aprenda com cada linha de código. No final, o esforço vale a pena. 🚀 #Angular #Deploy #Programação #Aprendizado
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