Publicação de Elton Almeida

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Software Engineer na Uplexis | Full-Stack Web Developer | Bacharel em Engenharia de Computação

Sobre o esvaziamento de demandas por programador júnior que vem sendo observado A contratação de um programador júnior é um processo complexo e deve ser visto de forma estratégica assim como qualquer contratação. Penso que essa contratação só é realmente viável em duas situações específicas. Primeiro, se a empresa dispõe de um programador mais experiente para ajudar no processo de análise e desenvolvimento, acompanhando o júnior nas suas tarefas. Segundo, se a empresa tem uma estrutura madura de desenvolvimento, incluindo documentação robusta, processos de pull request, testes unitários, análise técnica e versionamento bem definidos. Nesse caso, o programador júnior pode trabalhar de forma mais independente, já que a empresa possui mecanismos para garantir a qualidade do software. No entanto, cada uma dessas alternativas tem seus desafios. No primeiro cenário, o custo pode ser maior do que simplesmente contratar um programador pleno, que necessita de menos acompanhamento técnico e se adapta mais rapidamente às regras de negócio e padrões do sistema. Não colocar alguém acompanhando com certeza vai gerar muita dor de cabeça mais tarde. No segundo cenário, muitas empresas brasileiras que trabalham com TI não são originalmente de TI e mesmo que sejam, pode ser que ainda não possuem uma metodologia de desenvolvimento de software madura em todas as fases do processo. Isso pode ocorrer por diversos motivos, incluindo a falta de recursos ou prioridades diferentes. Dessa forma, há uma grande demanda por profissionais de nível pleno ou sênior, enquanto a procura por programadores júnior está diminuindo. Esta é a realidade do mercado atualmente, e acredito que uma mudança significativa a curto prazo seja muito difícil.

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