As multinacionais ENGIE Brasil Energia e WEG anunciaram a conclusão de um ensaio pioneiro no Brasil, conduzido para analisar a estabilidade elétrica do primeiro aerogerador desenvolvido no país com potência de 4,2 Megawatts (MW) e tecnologia nacional.
O ensaio contou com a participação do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e da empresa espanhola Barlovento Applus+.
Por meio da iniciativa, ENGIE e WEG, juntas, realizaram pela primeira vez, no país, em uma turbina eólica, o chamado “ensaio de afundamento de tensão” (Low Voltage Ride Through, LVRT, na sigla original em inglês), para cumprir os procedimentos de rede do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que são requisitos técnicos visando garantir segurança, confiabilidade e eficiência do sistema.
O objetivo foi avaliar a capacidade da turbina de permanecer conectada à rede na possibilidade de uma instabilidade.
O ensaio
O ensaio de Capacidade de Resposta do Aerogerador a Afundamentos de Tensão é um teste para verificar a capacidade de o equipamento se manter em operação diante de eventuais instabilidades do sistema, como apagões. O objetivo é verificar a resposta que apresenta nesse tipo de contexto.
Os testes foram acompanhados por um grupo do ONS, por técnicos e pesquisadores do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), responsável pela UMGAT (Unidade Móvel Geradora de Afundamento de Tensão) onde foram realizadas simulações reais de curtos-circuitos para avaliações no aerogerador, integrante dos estudos prévios necessários ao procedimento e executor da campanha de ensaios em conjunto com a Barlovento.
Há mais de 12 anos o SENAI e a empresa espanhola operam para o desenvolvimento de tecnologias de aerogeradores. “Dentro dessa colaboração, houve transferência tecnológica de conhecimentos na área de afundamento de tensão e qualidade de energia para que os aerogeradores que serão desenvolvidos no Brasil possam atender às exigências do código de rede do ONS e do mundo”, frisa o coordenador de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Antonio Medeiros, ressaltando que “quando o aerogerador passa nesse tipo de ensaio também demonstra que a tecnologia desenvolvida no Brasil tem capacidade de ser comercializada em qualquer país do mundo, desde que atenda aos requisitos técnicos de tensão e frequência para conexão, contidos nos procedimentos e/ou código de rede de cada país”.
Primeiro aerogerador nacional
Com potência de 4,2 MW, o aerogerador desenvolvido com a união de esforços da ENGIE Brasil Energia, WEG, e CELESC é o primeiro do tipo criado e produzido no Brasil.
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