AUDITORIAS SG DEVEM AGREGAR VALOR
Assistindo semana passada a mais um aula do meu estimado amigo Rogério Campos Meira, o qual tratou do ISO/IEC TS 17012:2024 – Auditorias Remotas em Sistemas de Gestão, aproveito o momento para destacar um contributo fulcral das auditorias de terceira-parte, também conhecidas por auditorias de Sistema de Gestão presenciais e ou remotas.
Vejamos o que esse aludido Grupo tem a dizer a respeito de agregação de valor, como fruto dessas auditorias:
Para “agregar valor”, uma auditoria de terceira-parte deve ser útil para a organização certificada, considerando:
a) a geração de informações à Alta Direção sobre a capacidade da organização de atingir os objetivos estratégicos;
Isso nos leva a aceitar que a ISO destaca o NEGÓCIO na totalidade. E isso vale para qualquer documento de referencia que se implementou um Sistema de Gestão.
b) a identificação de problemas que, se resolvidos, melhorarão o desempenho da organização;
Aqui está claro o aspecto holístico da abrangência da avaliação, complementando o disposto acima.
c) a identificação de melhorias e possíveis áreas de risco;
Não foram determinados limites de abordagem, jogando por terra a expressão “a ISO não entra nesses detalhes, méritos ou abrangência...”.
d) melhorar a capacidade da organização em fornecer produtos conformes e satisfazer os clientes da organização;
Ao usar o termo “a organização”, o Grupo nos leva igualmente a considerar a organização e seus processos holisticamente.
e) para o organismo de certificação, melhorar a sua credibilidade quanto ao próprio processo de certificação de terceira-parte.
Esta última alínea, infelizmente, foi degenerada pelo seu próprio agente executante. Seus motivos são muitos, mas, especialmente, um deles foi também destacado pelo Grupo do TC/176, ao descrever:
“Para uma organização que tenha uma “cultura de qualidade” madura e tenha sido certificada em uma das normas da série ISO 9000 por um período significativo, a expectativa de como uma auditoria pode agregar valor será o maior desafio para um auditor.
Uma reclamação comum entre os atores pertencentes a esse tipo de organização é que as “auditorias internas ou externas” (2ª ou 3ª) são supérfluas e pouco agregam valor. Nesses casos, a Alta Direção se torna um cliente importante do processo de certificação. Portanto, é vital que o auditor tenha uma compreensão clara dos objetivos estratégicos da organização e seja capaz de colocar a auditoria do SGQ dentro desse contexto. O auditor precisa dedicar tempo para discussões detalhadas com a Alta Direção, para definir suas expectativas em relação ao SGQ e para incorporar essas expectativas aos critérios de auditoria.”
Como se vê, ao não auditar com proficiência a Alta Direção, e ao não lhe dedicar o tempo devido para tratar dos objetivos estratégicos do negócio, os próprios certificadores trabalham contra a agregação de valor, degradando a credibilidade do processo de certificação.
# Analise de documentos DCNS
Engenheira Civil| Engenheira de Segurança do Trabalho| Gerente de QSMS na Construtora A.Gaspar S/A
4 mParabéns a todos da Conectrom. Estais colhendo o que semeou Jéssica Câmara 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻