ANP aprova terminal de gás no Porto de Santos.
A diretoria colegiada da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou por unanimidade, a pré-operação do Terminal de Regaseificação de Gás Natural Liquefeito de São Paulo (TRSP) no Porto de Santos. Foi uma autorização com ressalvas.
A área de operação do TRSP fica próximo à Alemoa, fora do chamado Porto Organizado. A unidade pertence à COMPASS, do grupo Cosan.
O terminal tem uma capacidade de regaseificação nominal licenciada de 14 milhões de metros cúbicos por dia, armazenamento de 150 mil m3 e um investimento aproximado de R$ 670 milhões.
Segundo a ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, o projeto está "umbilicalmente ligado ao gasoduto Subida da Serra", cuja polêmica decisão sobre a natureza da operação - se de transporte ou transmissão - ainda tramita na agência. Por esse motivo, o GNL produzido no TRSP não poderá utilizar o gasoduto Subida da Serra até que a decisão sobre a vocação do gasoduto seja tomada.
"Há dois projetos interconectados umbilicalmente, o terminal TRSP e o gasoduto Subida da Serra, e minha recomendação é ressaltar que esta decisão não está necessariamente indicando o que decorrerá do processo de Subida da Serra", disse a diretora Symone Araújo, ao votar acompanhando a relatora, diretora Patricia Baran.
A Compass que tem a liderança do Antonio Simões se manifestou por meio da empresa Edge que tem como CEO Demetrio Magalhaes, que faz a gestão do TRSP. Em nota, a Edge ressalta que a autorização da ANP "corrobora que o terminal de GNL acompanha os padrões globais de engenharia, operação e segurança e cumpre todos os requisitos técnicos exigidos pelas normas vigentes para exercer suas atividades".
O TRSP é um importante investimento na infraestrutura nacional, com recursos totalmente privados e aporte de aproximadamente de 1 bilhão de reais.
É estratégico para a segurança energética da Baixada Santista, do estado de São Paulo e do Brasil, promovendo uma transição segura e eficiente para uma matriz energética mais sustentável.
Esse primeiro terminal de GNL no Estado contribui também para abertura do mercado brasileiro de gás, sendo uma alternativa de diversificação de suprimento que conecta a região Sudeste à oferta mundial de gás natural.
O TRSP opera desde o início de abril com todas as licenças e autorizações exigidas pela legislação vigente.