Apagando fogo!
Interessante esse post sobre a prioridade dos Conselhos em 2024!
Com certeza os itens que tiveram aumento comparado a 2023 são importantes, mas não vejo como fazê-los sem olhar para talentos e tecnologia, que por sua vez diminuíram.
Olha que beleza, a maior redução foi na Agenda de Talentos! Bem em linha com a ideia das empresas. O cenário ficou desafiador, precisa cortar custos, vamos cortar pessoas. De preferência as com maiores salários e contratar alguém mais JR, que pode fazer a função de 3 por uma remuneração menor. Ou não vamos contratar nenhuma consultoria especializada para fazer as vagas estratégicas, vamos fechar com indicações do gestor. Tem também vamos cortar treinamentos, programas de desenvolvimento.
Sempre achei que o objetivo do Conselho era ser provocativo, mostrar novos caminhos, ideias, saídas para os problemas. Não vejo valor em simplesmente seguir na mesma linha de pensamento da empresa.
Para mim a maturidade e experiência do Conselho era tanta, que já era ponto pacífico que tudo, absolutamente tudo, na empresa se trata de Pessoas.
Investir nas Pessoas certas nos lugares certos dá mais resultado que qualquer outra ação que você pode pensar em fazer.
Pensar nas condições econômicas é importante? É, mas está completamente fora do seu controle! Como já dizia o Scot, "o mercado é soberano", é preciso olhar é para dentro de casa, onde você tem controle. Pensar em aumentar a produtividade, reduzir custos, otimizar as vendas.
Como que faz isso sem gente habilitada? Que não tiveram treinamento, que não tem voz, que não tem uma remuneração justa, que tem um líder tóxico que mais atrapalha que ajuda?
Aliás, não me lembro quem publicou esses dias uma pesquisa falando que a grande maioria dos líderes nunca foram treinados para serem líderes! Caíram de paraquedas na função e lá estão!
Mais interessante ainda é as empresas não terem um Conselheiro de Pessoas! Vocês já viram? Deve existir, mas no Agro, não conheço nenhum. Mais uma prova que realmente o tema Pessoas nunca foi e não é a prioridade.
Muito pelo contrário, vejo Conselheiros de outras áreas dando uma de Headhunter, o que não faz o menor sentido. Indicar e contratar amigos, conhecidos sem passar por um processo seletivo, sem comparar com outros profissionais é do tempo das cavernas, e eu já vi dar ruim muitas vezes.
Na minha opinião, só se resolve problemas os atacando na raiz, o resto é paliativo, é apagar fogo. E a parte principal de qualquer solução são as Pessoas.
Uma outra informação curiosa: Esses dias tentei fazer minha inscrição em um programa famoso de habilitação de Conselheiros. Tinha que preencher os dados e fazer um resumo da carreira. Como era um teste escrevi uma baboseira qualquer. Não me pediram comprovação de graduação, nem CV, nem nada e aprovaram na hora minha candidatura!
Não deu para falar sobre a redução da preocupação com o clima e gestão ambiental. (depois de tudo que aconteceu esse ano?!)
Glue HR Solutions
À medida que nos aproximamos do final de 2024, é impossível não refletir sobre o impacto de todos os acontecimentos deste ano nos conselhos corporativos. O cenário global foi moldado por crises geopolíticas, desafiando as empresas a se adaptarem rapidamente. Em âmbito nacional, as oscilações econômicas ainda são uma adversidade contínua.
No entanto, as prioridades dos Conselhos de Administração demonstram uma crescente preocupação com estes e outros múltiplos desafios. É o que mostra o estudo da EY Center for Board Matters.
Managing Director at Quantera Global
2 mParabéns Filomena!