7 de abril, dia do jornalista. Trabalho com comunicação corporativa há uns 20 anos, mas sigo respondendo “jornalista” quando perguntam minha profissão. Às vezes me questiono por qual motivo. Acho que porque jornalismo sempre se faz presente no meu trabalho. No meu amor à escrita, na necessidade de apurar, entender, transcrever de forma clara algo para um público que não domina determinado assunto. Posso não ser jornalista no sentido literal do termo - o jornalista da redação - mas ainda sido acreditando no poder de uma história, de um testemunho, de um texto bem escrito, na crença, quase que pueril, talvez, de que palavras bem colocadas podem ajudar a mudar o mundo. Será? #jornalismo #diadojornalista #texto #escrita #comunicacao
Publicação de Luciana Santos Tardioli
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O que precisa para ser jornalista? Já ouvi muitas vezes perguntas mais ou menos parecidas feitas por alunos do ensino médio em visitas à universidade ou nas famosas feiras das profissões. A trajetória do jornalismo é tão múltipla e diversa que, confesso, sempre me causou um certo desconforto sintetizar numa única resposta. Mas, na tentativa de ajudar na reflexão e colaborar no processo de decisão, escolho um caminho: é preciso, sem dúvida alguma, empatia. Não creio que haja outra virtude tão poderosa para um jornalista quanto a de se preocupar verdadeiramente com a dor do outro. Do jornalista, se exige mais do que respeito à dor alheia. É preciso humildade - para reconhecer a incapacidade de sentir a exata sensação que o outro tá vivendo -, além de muita sensibilidade e solidariedade para perceber, captar e dimensionar realidades, às vezes, tão radicalmente diferentes da nossa. Pode-se dizer, é um exercício permanente de compaixão. E, para quem quer ser jornalista, não pode também haver dúvida a quem devemos solidariedade. Como diz o saudoso professor Johann Galtung, autor de Jornalismo para a Paz: se houver dúvida, aos derrotados, às vítimas e aos oprimidos. Neste dia do jornalista, quero dar parabéns aos colegas que enfrentam todos os desafios do nosso dia a dia com muita empatia, solidariedade e compaixão. O bom jornalismo é mais que humanizado. É humanizador. #diadojornalista #7deabril #jornalismo
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Você que já tentou escrever algum conteúdo deve ter se deparado com alguma dificuldade de escolher as melhores palavras, concatenar as ideias. Ler um texto pronto, uma notícia publicada, assistir a uma reportagem, um programa jornalístico, parece tudo tão simples e fácil, não é mesmo? No dia 7 de abril, em que se comemora o dia do Jornalista, quero registrar minha admiração e agradecer aos colegas com quem tive o prazer de interagir e aprender e àqueles que seguem como fonte de inspiração. O jornalismo como profissão exige uma dose de visão crítica, de acurácia, de ousadia e, ainda, um toque de poesia e leveza. Atuar em comunicação corporativa tem me permitido experimentar áreas correlatas à minha formação original em publicidade, como Jornalismo, Relações Públicas, produção áudio visual, dentre tantas outras. Admiro os jornalistas de opinião, que corajosamente se posicionam publicamente diante dos mais diversos assuntos, sustentando seus pontos de vista e análises. Admiro os jornalistas que emprestam suas vozes e imagem. Os de estilo investigativo, que mergulham em temas e trazem à tona as minúcias e descobertas. Aqueles que se tornaram admiráveis escritores. Aos que vão para o front da realidade, seja na guerra, em momentos históricos ou retratando a realidade, trazendo vida às notícias. Àqueles que cobrem o mundo do entretenimento ou ainda aos que, por vezes, necessitam de um pausa, por cobrirem temas pesados e difíceis. Os que atuam nas assessorias corporativas, conhecendo a fundo o mundo das organizações. É um baita desafio definir o tom, apurar a notícia, a dedicação necessária durante a etapa de edição já que priorizar é preciso (fazer caber uma fala inteira dentro de poucos minutos ou frases). Há críticas, claro que sim! Mas fortalecer o jornalismo profissional me parece um caminho necessário. Por tudo isso e por tanto mais, parabéns aos colegas jornalistas! #jornalismo #carreira
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O jornalismo morreu... Você não leu errado, é isso mesmo. No entanto, calma, é só a minha opinião e ela pode se modificar, assim como o mundo se modifica. Lembro do que me ensinou uma professora: “𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑣𝑜𝑐𝑒̂ 𝑓𝑎𝑙𝑎 𝑒́ 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒, 𝑛𝑎̃𝑜 𝑣𝑜𝑐𝑒̂”! O jornalista não deve deixar a egotrip tomar conta. Ele está ali para buscar os fatos, analisar os lados e trazer informação neutra e imparcial. Hoje, o que vemos e ouvimos em rádios, jornais e TVs são jornalistas opinando. Quando foi que jornalista virou produtor de conteúdo? Perdi essa atualização de currículo. Sou muito grata às aulas de ética, onde construí minha base profissional. Mas parece que muitos colegas, especialmente os mais experientes, jogaram a cartilha fora. Parece que a egotrip bateu e ficou. Esta semana, ouvi um jornalista em uma rádio local de Porto Alegre discutindo um assunto polêmico e deixando clara sua opinião pessoal. Um ouvinte, ao perceber isso, escreveu criticando e afirmando que o jornalista não estava informando, mas opinando. A resposta do jornalista foi agressiva: ele xingou o ouvinte e disse que este não entendia o que era jornalismo de verdade, insinuando que o ouvinte estava acostumado ao jornalismo falacioso da concorrência. O mais irônico é que, enquanto defendia sua postura, o próprio jornalista estava sendo totalmente parcial, tanto ao dar sua opinião sobre o assunto quanto ao afirmar que apenas a rádio onde trabalhava praticava o "verdadeiro" jornalismo. O que me remeteu à velha e sempre relevante discussão sobre a obrigatoriedade do diploma. Embora seja um debate antigo e necessário, tenho percebido que, mesmo com o diploma, muitos profissionais não demonstram o básico: a capacidade de separar informação de opinião. Sinto muito em afirmar, mas, se nada mudar, o jornalismo estará cada vez mais morto. (𝐸, 𝑠𝑖𝑚, 𝑒𝑠𝑠𝑎 𝑒́ 𝑎 𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑜𝑝𝑖𝑛𝑖𝑎̃𝑜.)
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Há quinze anos, quando comecei a cobrir política, sentia falta de um manual que me ajudasse no início da carreira. Por isso, elaborei treze dicas que podem ser úteis a quem tem interesse em se tornar jornalista político: 1) Acorde cedo: quem chega primeiro na fonte bebe a água mais limpa. No jornalismo, minutos podem lhe render um furo de reportagem. 2) Escute todo mundo: a informação crucial muitas vezes está com a fonte menos provável. Por isso, não subestime ou se negue a conversar com ninguém. 3) Sempre desconfie: as autoridades têm interesses pessoais ao lhe fornecer uma informação. Portanto, cheque com pelo menos mais duas fontes antes de publicar uma história. 4) Cultive fontes: separe pelo menos duas horas de seu dia para realizar encontros ou conversas com fontes. Até mesmo com quem está fora do poder. A política é dinâmica. E os políticos não esquecem quem lhes deu atenção quando estavam fora do poder. 5) Seja curioso: informe-se sobre tudo, de reality shows a cenário geopolítico. Não existe hierarquia de importância. Um bom jornalista deve saber um pouco de tudo para não ser pego desprevenido. 6) Mantenha o pé no chão: o jornalista que cobre política não é uma autoridade. Ter acesso ao poder não lhe faz parte dele. O compromisso do jornalista deve ser sempre com o público. 7) Pratique a humildade: não finja entender de um assunto sobre o qual você não faz ideia. Perguntar não ofende e é um privilégio da profissão. 8) Respeite o protocolo: evite chamar a autoridade pelo nome. Opte sempre por chamá-la pelo cargo. Assim, você preserva uma relação profissional, entre fonte e jornalista, e evita uma interpretação equivocada de amizade. 9) Seja cordial: tenha sempre uma relação de cordialidade com os colegas jornalistas, inclusive os concorrentes. Eles podem salvá-lo com declarações perdidas ou acessos negados. 10) Evite a ansiedade: é melhor perder um furo de reportagem do que dar uma barrigada (jargão jornalístico para informação equivocada). A credibilidade é o maior ativo de um profissional da imprensa. Portanto, preserve seu nome. 11) Tenha bom senso: seja insistente na busca por respostas, mas não desrespeitoso. A autoridade não é obrigada a falar com o jornalista. Fazer fontes é um exercício de paciência, construído com transparência e educação. 12) Não pule etapas: a experiência profissional é construída na resiliência. Não se negue a fazer portarias, participar de coletivas ou aguardar por uma declaração. Os percalços do início da carreira são decisivos na formação de um jornalista. 13) Descanse o cérebro: o excesso de informação fatiga a mente. Tire um dia do final de semana para descansar. De preferência, com o celular no silencioso. Ajuda a clarear os pensamentos para a atividade profissional.
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George Orwell já dizia que JORNALISMO É PUBLICAR AQUILO QUE ALGUÉM NÃO QUER QUE SE PUBLIQUE. TODO O RESTO É PUBLICIDADE. O objetivo deve ser de abrir os olhos do leitor sobre a realidade através das notícias. Mas que realidade, muitas das vezes, tem sido passada e, não sendo a plena factual, seria com que interesse a distorção da mesma? O quanto existe de jornalismo de fato no Brasil e no mundo? Sou jornalista desde 1994, além de ter sido Delegado do Quarto Poder, mas sinto vergonha do que se tornou o jornalismo em sua maioria, bem como deveras preocupado de até quando esta profissão irá existir diante da falta de credibilidade popular crescente, que tem sido desencadeada por sua própria postura "profissional". A formação de jornalista tem produzido que tipos de profissionais diplomados e o quanto de jornalismo de fato está sendo feito por estes? THAT´S THE QUESTION !!! #Hang #CarlosAlbertoHang #palestra #palestrante #livro #escritor #psicanalise #psicologia #psicologiapositiva #coaching #sexologia #Sexólogo #hipnose #hipnoseclinica #PNL #motivacional #palestramotivacional #jornalismo #mídia #imprensa
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📰🎉 Hoje celebramos o Dia Nacional do Jornalista! Uma profissão essencial para qualquer sociedade civilizada, com um manto de responsabilidade de ser os olhos e ouvidos da população. Nesta foto, estou em Juazeiro, Bahia, durante a produção de uma matéria para a @TV São Francisco da Rede Globo e da Rede Bahia, ao lado do excelente Ailton Nery, que não só me ensinou muitas lições, mas também proporcionou momentos únicos de amizade e companheirismo. 🖋️🔍 Sobre um jornalista, é importante lembrar de três fatos essenciais: 1️⃣ O jornalista é um profissional intelectual que trabalha com informações, portanto, o cuidado com sua formação é essencial para garantir a qualidade e a veracidade das notícias que compartilha. 2️⃣ Esta profissão sempre será necessária, pois, embora qualquer pessoa ou inteligência artificial possa ligar um microfone ou câmera, a análise subjetiva dos fatos e o entendimento da sociedade exigem uma preparação e vivência adequadas. 3️⃣ A ética de um jornalista reflete sua alma, e sua moral e caráter devem ser protegidos a todo custo. A integridade profissional não apenas eleva o padrão do jornalismo, mas também mantém a confiança do público e preserva a credibilidade da profissão. É importante também entender que o jornalista é um ser humano e pode errar, aprender e melhorar. Não tenha vergonha de pedir desculpa e se esforçar para ser melhor, pois a humildade é uma força que pode te levar muito além do que você chegaria sozinho. Neste dia especial, expresso minha gratidão a todos os jornalistas que dedicam suas vidas a informar e educar a sociedade. Vocês são verdadeiros guardiões da verdade e da liberdade de expressão! Como jornalista digo que esta profissão quando praticada se enraíza em você e nunca mais deixa seu ser (que bom) 🌟🗞️ #DiaDoJornalista #Jornalismo #ÉticaProfissional
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As dicas abaixo valem não apenas para o jornalismo político, mas para outras grandes editorias (fazendo as devidas adaptações para cada contexto, é claro!)
Há quinze anos, quando comecei a cobrir política, sentia falta de um manual que me ajudasse no início da carreira. Por isso, elaborei treze dicas que podem ser úteis a quem tem interesse em se tornar jornalista político: 1) Acorde cedo: quem chega primeiro na fonte bebe a água mais limpa. No jornalismo, minutos podem lhe render um furo de reportagem. 2) Escute todo mundo: a informação crucial muitas vezes está com a fonte menos provável. Por isso, não subestime ou se negue a conversar com ninguém. 3) Sempre desconfie: as autoridades têm interesses pessoais ao lhe fornecer uma informação. Portanto, cheque com pelo menos mais duas fontes antes de publicar uma história. 4) Cultive fontes: separe pelo menos duas horas de seu dia para realizar encontros ou conversas com fontes. Até mesmo com quem está fora do poder. A política é dinâmica. E os políticos não esquecem quem lhes deu atenção quando estavam fora do poder. 5) Seja curioso: informe-se sobre tudo, de reality shows a cenário geopolítico. Não existe hierarquia de importância. Um bom jornalista deve saber um pouco de tudo para não ser pego desprevenido. 6) Mantenha o pé no chão: o jornalista que cobre política não é uma autoridade. Ter acesso ao poder não lhe faz parte dele. O compromisso do jornalista deve ser sempre com o público. 7) Pratique a humildade: não finja entender de um assunto sobre o qual você não faz ideia. Perguntar não ofende e é um privilégio da profissão. 8) Respeite o protocolo: evite chamar a autoridade pelo nome. Opte sempre por chamá-la pelo cargo. Assim, você preserva uma relação profissional, entre fonte e jornalista, e evita uma interpretação equivocada de amizade. 9) Seja cordial: tenha sempre uma relação de cordialidade com os colegas jornalistas, inclusive os concorrentes. Eles podem salvá-lo com declarações perdidas ou acessos negados. 10) Evite a ansiedade: é melhor perder um furo de reportagem do que dar uma barrigada (jargão jornalístico para informação equivocada). A credibilidade é o maior ativo de um profissional da imprensa. Portanto, preserve seu nome. 11) Tenha bom senso: seja insistente na busca por respostas, mas não desrespeitoso. A autoridade não é obrigada a falar com o jornalista. Fazer fontes é um exercício de paciência, construído com transparência e educação. 12) Não pule etapas: a experiência profissional é construída na resiliência. Não se negue a fazer portarias, participar de coletivas ou aguardar por uma declaração. Os percalços do início da carreira são decisivos na formação de um jornalista. 13) Descanse o cérebro: o excesso de informação fatiga a mente. Tire um dia do final de semana para descansar. De preferência, com o celular no silencioso. Ajuda a clarear os pensamentos para a atividade profissional.
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Jornalista tem opinião sim! Imparcialidade? Nunca nem vi! O senso comum ainda insiste em acreditar no mito da imparcialidade jornalística - uma ideia que está enraizada em nossa profissão há séculos. Muitos pensam que um comunicador não deve expressar sua opinião, apenas "expor os fatos" sem qualquer interferência pessoal. Mas, pasmem: o jornalista é um ser humano e qualquer ser humano tem uma opinião, uma vivência que será, inevitavelmente, colocada para fora. Claro que existem as linhas editoriais das empresas, mas essas também são encabeçadas por outros seres humanos, que têm suas conviccções! A grande questão é como essas opiniões serão passadas para o público. É aí que mora o grande problema! É preciso ter responsabilidade social e transparência com a própria audiência para não cair no buraco da anti-ética. Saibamos apurar, investigar e, por fim, opinar - porém, com consciência e estudo do contexto. Antes de saber como um texto será escrito, entenda exatamente aquilo que quer escrever. Aí sim, você formará uma opinião e terá responsabilidade com o próprio público. Achismos não são bem-vindos! #jornalismo #imparcialidade #comunicação #jornalista #conselho
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Muitos jornalistas acham que a nossa é a melhor profissão do mundo. Não sei se é a melhor, mas certamente a nossa é uma das atividades essenciais à sociedade. O jornalismo nos permite estar perto da história, acompanhar os acontecimentos mais variados, entrar em contato com outras realidades, com outras pessoas. E ter contato com os outros para retratar os fatos, é um privilégio. Nessas quase cinco décadas de profissão, eu já ouvi inúmeras perguntas de jovens que querem dicas de como ser um bom profissional, como se destacar na área, o que fazer para ser um bom jornalista. Hoje, reuni três sugestões (não gosto de chamar conselho, que me parece muito professoral). Costumo dizer o seguinte aos iniciantes que me procuram: 🔹 1 - Tenham interesse: pelas pessoas, por sua comunidade, pelas histórias ao seu redor. Estejam atentos ao que acontece, escutem quem vem conversar com vocês e contar seu drama, denúncia ou sofrimento. Interesse, atenção, respeito e empatia devem ser praticados com todo mundo, desde autoridades até o cidadão comum. 🔹 2 - Leiam: a leitura nos transforma. É a partir dela que nos transportamos a outras realidades e desenvolvemos a capacidade de nos colocar no lugar do outro. Ler é importante para qualquer pessoa, mas para jornalistas é essencial. Como apaixonado por livros, acredito que ser um bom jornalista passa pela leitura de bons livros, sejam eles de ficção, de não-ficção, clássicos, contemporâneos, quadrinhos… Enfim, LEIAM! 🔹 3 - Não tenham medo de errar: eu sei que parece clichê (e talvez seja mesmo), mas é um fato. Você vai errar. Eu já errei, erro e continuarei errando. Assim como você e como todo mundo. Saber disso nos torna mais humanos, traz liberdade para arriscar mais. Fazer perguntas que você pode considerar bobas, sugerir uma pauta que a princípio não parece interessante… As nossas ações podem ou não dar certo. Mas se não tentarmos, jamais saberemos o resultado. Agora, quando errarem, tenham a humildade de assumir, incluindo um pedido de desculpas. Em suma, desejo boa sorte aos jovens jornalistas! Nessa era de desinformação, o trabalho de profissionais sérios e comprometidos com a função social do jornalismo é fundamental. #jornalismo #dicas #carreira
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Essas dicas não se aplicam apenas à jovens jornalistas; o primeiro ponto colocado pelo Carlos Tramontina, em especial, deveria nortear a carreira porque é o que nos motiva. O interesse por pessoas e histórias, assim como pelo o que você faz, é essencial.
Muitos jornalistas acham que a nossa é a melhor profissão do mundo. Não sei se é a melhor, mas certamente a nossa é uma das atividades essenciais à sociedade. O jornalismo nos permite estar perto da história, acompanhar os acontecimentos mais variados, entrar em contato com outras realidades, com outras pessoas. E ter contato com os outros para retratar os fatos, é um privilégio. Nessas quase cinco décadas de profissão, eu já ouvi inúmeras perguntas de jovens que querem dicas de como ser um bom profissional, como se destacar na área, o que fazer para ser um bom jornalista. Hoje, reuni três sugestões (não gosto de chamar conselho, que me parece muito professoral). Costumo dizer o seguinte aos iniciantes que me procuram: 🔹 1 - Tenham interesse: pelas pessoas, por sua comunidade, pelas histórias ao seu redor. Estejam atentos ao que acontece, escutem quem vem conversar com vocês e contar seu drama, denúncia ou sofrimento. Interesse, atenção, respeito e empatia devem ser praticados com todo mundo, desde autoridades até o cidadão comum. 🔹 2 - Leiam: a leitura nos transforma. É a partir dela que nos transportamos a outras realidades e desenvolvemos a capacidade de nos colocar no lugar do outro. Ler é importante para qualquer pessoa, mas para jornalistas é essencial. Como apaixonado por livros, acredito que ser um bom jornalista passa pela leitura de bons livros, sejam eles de ficção, de não-ficção, clássicos, contemporâneos, quadrinhos… Enfim, LEIAM! 🔹 3 - Não tenham medo de errar: eu sei que parece clichê (e talvez seja mesmo), mas é um fato. Você vai errar. Eu já errei, erro e continuarei errando. Assim como você e como todo mundo. Saber disso nos torna mais humanos, traz liberdade para arriscar mais. Fazer perguntas que você pode considerar bobas, sugerir uma pauta que a princípio não parece interessante… As nossas ações podem ou não dar certo. Mas se não tentarmos, jamais saberemos o resultado. Agora, quando errarem, tenham a humildade de assumir, incluindo um pedido de desculpas. Em suma, desejo boa sorte aos jovens jornalistas! Nessa era de desinformação, o trabalho de profissionais sérios e comprometidos com a função social do jornalismo é fundamental. #jornalismo #dicas #carreira
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